Rodrigo Coutinho homenageia CPOR em reunião solene

O Centro de Preparação de Oficinas da Reserva do Recife (CPOR), que está comemorando 84 anos, foi homenageado em reunião solene realizada nesta segunda-feira, 13, por iniciativa do vereador Rodrigo Coutinho (SD). “Uma das instituições mais prestigiadas do Exército Brasileiro e uma das mais tradicionais organizações militares do nosso estado, o CPOR Recife é parte integrante da História de Pernambuco desde 1933, sendo protagonista, a partir de então, dos desdobramentos políticos e sociais do estado”, disse o vereador.

Rodrigo Coutinho considerou que  “por todo o peso histórico, importância e brilhantismo impoluto com que o CPOR/Recife tem se estabelecido no Estado, é que tenho a honra de prestar esta homenagem e congratulação à instituição que trouxe enormes benefícios à população”. A solenidade foi presidida pelo vereador Renato Antunes (PSC) e a mesa, composta por coronel José Reis Chaves Júnior, comandante do Centro de Preparação de Oficinas da Reserva do Recife;  o deputado federal Augusto Coutinho; o ex-governador Roberto Magalhães;  o general de Divisão Gomes de Mattos Filho, assessor Especial do Comando Militar do Nordeste; e o tenente Rogério de Souza Vasconcelos, presidente do Conselho Nacional dos Oficiais da Reserva.

O vereador disse que “O CPOR chega aos 84 anos transformando a vida de milhares de jovens” e lembrou que ele mesmo fez parte “desta nobre instituição, no 6º pelotão da 2ª Companhia do Curso Básico”. Ao final do discurso, ele entregou uma medalha ao coronel José Reis Chaves Júnior, que representou o CPOR. As galerias e o plenário ficaram lotados de militares.

O CPOR é o estabelecimento de ensino militar do Exército mais antigo de Pernambuco. Ele foi instituído em novembro de 1933, quando começou a funcionar na Rua do Hospício, Boa Vista, próximo ao antigo Quartel General da 7ª Região Militar, a quem estava subordinado. O início das atividades ocorreu em 1º de abril de 1934 com o Curso da Arma de Infantaria, cujos alunos foram declarados aspirantes-a-oficial em 26 de setembro de 1936, num total de 15 oficiais da reserva de 2ª classe daquela arma.

Seis anos após a inauguração, em 26 de outubro de 1939, o CPOR do Recife foi transferido para o Forte das Cinco Pontas, em Santo Antônio, onde permaneceu por seis meses, retornando para suas antigas instalações na Rua do Hospício. Meses depois, transferiu-se para a Rua Benfica, no atual prédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em 2 de março de 1942, por Decreto Ministerial, o tempo de duração do curso foi alterado para dois anos. Em 1944, o CPOR passou a oferecer o Curso de Artilharia e Intendência. Em 13 de junho de 1949, o CPOR ocupou suas atuais instalações, em Casa Forte. Nos anos seguintes, recebeu o curso de Engenharia, o de Comunicações, o de Material Bélico e o de Cavalaria.

O coronel José Reis Chaves Júnior disse que a história do Centro de Preparação de Oficinas da Reserva do Recife  “confunde-se, por várias vezes, com a história recente do Recife, considerando que por ele passaram governadores, parlamentares, oficiais, médicos, dentistas, advogados, juízes e desembargadores, empresários e outras personalidades que fazem o dia a dia dessa cidade e, não raramente, adquirem projeção regional e nacional”, disse. Em seguida, ele relatou todo o histórico do CPOR no Recife.

Entre os dados que apresentou, o coronel José Reis Chaves Júnior disse que na década de 1990, alguns “tenentes formados no CPOR integraram o contingente brasileiro na força de Paz da ONU em Angola”. Ao longo de sua existência, ainda segundo ele, “o CPOR do Recife formou mais de 12 mil aspirantes da reserva. A missão foi bem cumprida com o apoio de pessoas e de organizações que com o Centro interagem, dando mostras de que um estabelecimento de ensino não pode deixar de reconhecer o apoio recebido e apresentar os sinceros agradecimentos às diversas pessoas e entidades públicas e privadas que muito cooperam na formação dos alunos e no sucesso das várias atividades do Centro”.

O coronel José Reis Chaves Júnior concluiu dizendo que o CPOR é “repleto de tradições, fonte de civismo, patriotismo e cidadania e tornou-se uma escola de virtudes para todos os oficiais da reserva que lá foram formados, os quais enrijecem o caráter e absorvem a herança cultural daqueles que defenderam esse solo, com bravura e amor à Pátria”. Ele agradeceu à Câmara Municipal do Recife pela homenagem, “casa de tantas tradições, representante da sociedade recifense”. Ao final, os militares entoaram o Hino do CPOR.

 

Em 13.11.2017, às 11h10.