Rogério de Lucca homenageia o Livro dos Espíritos, que faz 160 anos

Para os adeptos do espiritismo ele representa um marco que anuncia o advento de uma Nova Era para regeneração da humanidade: o Livro dos Espíritos está completando 160 anos. Por isso, o vereador Rogério de Lucca (PSL) realizou reunião solene na manhã desta terça-feira, 18, para homenagear a publicação que é a primeira obra da doutrina codificada por Alan Kardec, na França. “Este lançamento, ocorrido em 18 de abril de 1857, revestiu de significado especial para os habitantes do planeta Terra, pois nele se cumpre a promessa anunciada por Jesus, quando ao envio do Consolador, materializado no conjunto de princípios preconizados pelo Espiritismo. Ele revela a missão dos Espíritos, agentes da Vontade de Deus e sua missão é instruir os homens”, disse o vereador.

A solenidade foi realizada dentro das comemorações do Dia do Livro dos Espíritos no Recife, comemorado hoje, que foi instituído pela Lei Municipal 17.020/2004, criado a partir de projeto de lei do vereador. A reunião solene, que começou ás 10h30, no plenário da Câmara Municipal do Recife, foi presidida pelo vereador Eduardo Marques (PSB), também presidente da Casa de José Mariano.  A mesa foi composta por Edson Caldeira, presidente da Federação Espírita de Pernambuco; e Ismael Vitor Borges, representante da Comissão Estadual do Espiritismo. “O Livro dos Espíritos é composto por 1.019 perguntas e respostas e apresenta de uma forma muito didática e simples os princípios da Doutrina; é a ferramenta indispensável à correta apreensão dos postulados espíritas, cujo estudo se recomenda seja feito em primeiro lugar”, observou Rogério de Lucca.

O vereador esclareceu que se trata de um livro revolucionário, que esclarece dúvidas a respeito do presente e do futuro à luz do espiritismo abordando temas como: vida após a morte, imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e a essência dos ensinamentos morais de Cristo. Trata-se de “um manual para quem deseja aprender e conhecer o processo de evolução humana”. O Dia do Livro dos Espíritos é uma data que faz parte do calendário de eventos do Recife e convida os seguidores e simpatizantes à união para uma divulgação do ideal espírita. “Achamos que é mais que justa esta homenagem ao livro do Espíritos, que tanto contribuiu para a evolução do nosso planeta como para uma sociedade mais equânime e feliz”, afirmou.

O Livro dos Espíritos, explicou Rogério de Lucca, divide-se em quatro livros: o primeiro, que se refere a deus, à criação e aos elementos gerais do Universo; o segundo, que versa sobre os espíritos, as reencarnações, as “existências’, a vida espírita, a emancipação da alma e assuntos correlatos; o terceiro, que aborda  as leis morais; e o quarto, que focaliza o tema esperança e consolações. “Ao analisarmos a codificação espírita também chamada de ‘Pentateuco da doutrina espírita codificada por Allan Kardec’, somos levados a concluir que o Livro dos Espíritos é a espinha dorsal do Espiritismo. Podemos concluir que seu amplo conteúdo é um verdadeiro manual para aqueles que desejam conhecer e aprender sobre uma série de assuntos relacionados à existência e ao processo de evolução sejam pelo amor ou pela dor, muitos são os caminhos que nos levam a buscar novos conhecimentos necessários para encontrarmos o verdadeiro sentido da vida”.

Após o discurso do vereador, Ismael Vitor Borges disse que antes da existência do Livro dos Espíritos o homem se perguntava: quem era Deus. “Desde então, passou a perguntar o que é Deus, pois entendeu que Deus não pode ser humanizado”. Segundo ele, a obra é tão importante que mostra, em outras coisas, ao atual momento de incertezas por que passa o Mundo e o Brasil especificamente. “Ele fala da época em que vivemos, de transformação planetária, uma época que apresenta realidades constrangedoras, mas que certamente formará um novo ser humano, e uma nova realidade”.

O presidente da Federação Espírita de Pernambuco, Edson Caldeira, disse que nunca é demais lembrar o lançamento do Livro dos Espíritos. “A primeira edição, em 18 de abril de 1857, em Paris, continha 501 questões, trazendo as questões espíritas, morais e as consolações. Ele foi lançado durante o Segundo Império de Napoleão Terceiro, uma época de muitas dificuldades em todo o mundo, sendo escrita pelo professor, especialista em educação Hippolyte Léon Denizard Rivail, que assumiu o pseudônimo de Allan Kardec”, afirmou. O livro teve uma segunda edição em março de 1860, segundo ele, já com as 1019 questões, quando passou a ser traduzido. “Este livro abordou algumas questões básicas”, afirmou, enumerando várias e lendo s respostas apresentadas, sendo a última a importância de se praticar para a evolução da humanidade.

 

Em 18.04.2017 às 11h52.