Rogério de Lucca homenageia o Livro dos Espíritos, que faz 160 anos
A solenidade foi realizada dentro das comemorações do Dia do Livro dos Espíritos no Recife, comemorado hoje, que foi instituído pela Lei Municipal 17.020/2004, criado a partir de projeto de lei do vereador. A reunião solene, que começou ás 10h30, no plenário da Câmara Municipal do Recife, foi presidida pelo vereador Eduardo Marques (PSB), também presidente da Casa de José Mariano. A mesa foi composta por Edson Caldeira, presidente da Federação Espírita de Pernambuco; e Ismael Vitor Borges, representante da Comissão Estadual do Espiritismo. “O Livro dos Espíritos é composto por 1.019 perguntas e respostas e apresenta de uma forma muito didática e simples os princípios da Doutrina; é a ferramenta indispensável à correta apreensão dos postulados espíritas, cujo estudo se recomenda seja feito em primeiro lugar”, observou Rogério de Lucca.
O vereador esclareceu que se trata de um livro revolucionário, que esclarece dúvidas a respeito do presente e do futuro à luz do espiritismo abordando temas como: vida após a morte, imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e a essência dos ensinamentos morais de Cristo. Trata-se de “um manual para quem deseja aprender e conhecer o processo de evolução humana”. O Dia do Livro dos Espíritos é uma data que faz parte do calendário de eventos do Recife e convida os seguidores e simpatizantes à união para uma divulgação do ideal espírita. “Achamos que é mais que justa esta homenagem ao livro do Espíritos, que tanto contribuiu para a evolução do nosso planeta como para uma sociedade mais equânime e feliz”, afirmou.
O Livro dos Espíritos, explicou Rogério de Lucca, divide-se em quatro livros: o primeiro, que se refere a deus, à criação e aos elementos gerais do Universo; o segundo, que versa sobre os espíritos, as reencarnações, as “existências’, a vida espírita, a emancipação da alma e assuntos correlatos; o terceiro, que aborda as leis morais; e o quarto, que focaliza o tema esperança e consolações. “Ao analisarmos a codificação espírita também chamada de ‘Pentateuco da doutrina espírita codificada por Allan Kardec’, somos levados a concluir que o Livro dos Espíritos é a espinha dorsal do Espiritismo. Podemos concluir que seu amplo conteúdo é um verdadeiro manual para aqueles que desejam conhecer e aprender sobre uma série de assuntos relacionados à existência e ao processo de evolução sejam pelo amor ou pela dor, muitos são os caminhos que nos levam a buscar novos conhecimentos necessários para encontrarmos o verdadeiro sentido da vida”.
Após o discurso do vereador, Ismael Vitor Borges disse que antes da existência do Livro dos Espíritos o homem se perguntava: quem era Deus. “Desde então, passou a perguntar o que é Deus, pois entendeu que Deus não pode ser humanizado”. Segundo ele, a obra é tão importante que mostra, em outras coisas, ao atual momento de incertezas por que passa o Mundo e o Brasil especificamente. “Ele fala da época em que vivemos, de transformação planetária, uma época que apresenta realidades constrangedoras, mas que certamente formará um novo ser humano, e uma nova realidade”.
O presidente da Federação Espírita de Pernambuco, Edson Caldeira, disse que nunca é demais lembrar o lançamento do Livro dos Espíritos. “A primeira edição, em 18 de abril de 1857, em Paris, continha 501 questões, trazendo as questões espíritas, morais e as consolações. Ele foi lançado durante o Segundo Império de Napoleão Terceiro, uma época de muitas dificuldades em todo o mundo, sendo escrita pelo professor, especialista em educação Hippolyte Léon Denizard Rivail, que assumiu o pseudônimo de Allan Kardec”, afirmou. O livro teve uma segunda edição em março de 1860, segundo ele, já com as 1019 questões, quando passou a ser traduzido. “Este livro abordou algumas questões básicas”, afirmou, enumerando várias e lendo s respostas apresentadas, sendo a última a importância de se praticar para a evolução da humanidade.
Em 18.04.2017 às 11h52.