Romildo Gomes cobra mais ação da Prefeitura
Romildo Gomes frisou que foi feito um acordo entre órgãos de defesa do consumidor, instituições de saúde e a administração do Recife Saúde para não cancelar o atendimento. “A dívida é de R$ 7 milhões, com faturas atrasadas desde setembro. O município faz um aporte de R$ 1 milhão. Pior de tudo é que os servidores recebem o contracheque já descontado com o valor do plano de saúde. Não sabemos o que está acontecendo com essa Prefeitura. Deve ao plano de saúde, a prestadores de serviços, a fornecedores, mas a arrecadação não para de subir. É preciso que se tomem medidas sérias e urgentes. Não é só isso. A cidade está entregue aos camelôs e assaltantes”.
Priscila Krause (DEM) foi mais adiante. Além dos problemas citados por Romildo Gomes ela frisou que desde 2008 o Recife Saúde teve mudanças aprovadas e que deveriam ter surtido efeito. Na época foi feito acordo onde não seriam mais admitidos novos dependentes e que algumas instituições seriam descredenciadas para dar fôlego ao sistema, ainda assim o problema está de volta. A vereadora sugeriu que seja feita uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado para verificar o tamanho do rombo.
Para Daniel Coelho (PV), o discurso indignado de Romildo Gomes refletia a voz da rua, do funcionário público. No entanto lembrou que não se pode criticar apenas a gestão de João da Costa, uma vez que o PT está no poder há 10 anos na cidade. “O PT vem fazendo uma política clientelista que privilegia os comissionados em detrimento do funcionário concursado. É hora do parlamento se sobrepor a esse projeto de gestão”.
O líder do governo, Josenildo Sinesio (PT) disse que Romildo conhece bem os problemas da cidade e da administração. “Esse massacre que se diz que é feito aos servidores não se sustenta, nem juridicamente. Eles foram beneficiados pelo PT e somente em 2003 não foi possível dar reajuste acima da inflação. Temos avançado e não há massacre algum”.
Sobre a desordenação urbana, especialmente no centro, citada no discurso de Romilgo, Priscila Krause ressaltou que a ocupação da cidade por camelôs é notória, mas o assunto não é tratado de forma correta. “Na época em que Gilberto Marques era prefeito foi feita uma ordenação no centro e que deu bons resultados, todos ganham. Lembro que o prefeito João da Costa disse em uma entrevista que era uma questão de ideologia do PT manter a desordem urbana para não tirar empregos dos mais necessitados. Isso é assustador, manter a desordem urbana com a desculpa de gerar mais empregos é absurdo. A ordenação é que gera empregos e renda. Mas o prefeito atual parece disposto a enfrentar seu próprio partido, se acontecer a cidade vai ganhar”.
Em 23.11.10, às 18h.