Rua Casa Forte vai chamar-se Padre José Edwaldo Gomes

A Câmara do Recife aprovou em primeira discussão, nesta terça-feira (29), um projeto de autoria do vereador Rodrigo Coutinho (SD) que visa renomear a rua Casa Forte, no bairro de mesmo nome. A medida será levada para segunda votação no plenário da Casa hoje (30) e encaminhada à Prefeitura. Caso seja sancionada pelo Poder Executivo, o logradouro vai passar a se chamar Padre José Edwaldo Gomes, em homenagem ao religioso falecido no dia 19 de julho e conhecido por seu trabalho social.

Durante a fase de discussão do projeto, o vereador André Régis (PSDB) levou o assunto à tribuna da Casa de José Mariano. “Eu geralmente me coloco contra a alteração de nomes de ruas desde que elas tenham um significado histórico. No caso que estamos tratando aqui, o Instituto Histórico e Geográfico foi consultado e deu parecer favorável. Não haverá prejuízos porque já existe um bairro de Casa Forte e uma praça de Casa Forte. A proposta de Rodrigo Coutinho acaba contemplando a vontade de todos. Muitos aqui foram procurados por alguém, como foi meu caso, para que essa homenagem fosse prestada. A história de Casa Forte continuará preservada e o bairro terá uma homenagem a alguém que dedicou sua vida a uma missão humanitária.”

Em um aparte, o vereador Gilberto Alves (PSD) elogiou o posicionamento de André Régis e o projeto de Rodrigo Coutinho. “Também concordo em prestar essa singela distinção a uma pessoa que foi muito importante a todos nós que somos da comunidade católica e àqueles que não são. Padre Edwaldo tem uma história de militância. As pessoas pensam que em Casa Forte só há pessoas de melhor condição social, mas há comunidades carentes. E o padre fez despertar uma consciência cidadã que fez as pessoas perceberem uma outra realidade. Ele tinha uma obra social muito importante.”

O vereador Ivan Moraes (PSOL) também se pronunciou para tratar do projeto. “Vou fazer duas coisas que não costumo fazer. Uma é concordar com mudança de nome de rua. Não podemos abusar desse direito. Uma segunda coisa é colocarmos referências religiosas nas ruas. Mas aqui é um caso diferente. O padre Edwaldo não era apenas uma referência religiosa. Nele tem reconhecimento da população de Casa Forte. Era uma liderança comunitária. Não tenho dúvidas que um plebiscito daria ao padre essa homenagem.”

Em 29.08.2017, às 17h08