Santa Cruz Futebol Clube recebe homenagem na Câmara

A Mesa foi presidida pelo vereador Eriberto Rafael (PTC) e foi composta pelo Presidente do Santa Cruz, vereador Antônio Luiz Neto (PTB); Secretário de Relações Institucionais da Prefeitura do Recife, Fred Oliveira; João Caixero Vasconcelos,  representando a Federação Pernambucana de Futebol; e Silvio Ferreira, presidente do Conselho Deliberativo do Santa Cruz. A solenidade teve a presença de diretores, ex-diretores, funcionários e torcedores do clube, ex-jogadores e jornalistas. Os vereadores Estéfano Menudo (PSB), Almir Fernando (PC do B), Marcos di Bria (PT do B), Wilton Brito (PHS) e Alfredo Santana (PRB) também participaram.

O autor da homenagem, Romerinho Jatobá, iniciou seu discurso com uma frase do hino do compositor Sebastião Rosendo “Sou Santa Cruz de corpo e alma e serei sempre de coração”. O vereador agradeceu ao pai, Romerito Jatobá (ex-presidente do clube) por ter lhe ensinado a amar o Santa Cruz como a uma família. “O clube nasceu de um sentimento compartilhado e estamos aqui louvando a retomada do seu crescimento. O Santa é um clube diferente pelo sentimento dos seus torcedores e no próximo ano espero estar aqui comemorando o nosso acesso para a série A”.

Após receber uma placa comemorativa, o presidente Antônio Luiz Neto agradeceu a homenagem ressaltando que a Câmara é a representação do povo do Recife e quando se presta uma homenagem na Casa é uma decisão dos que representam o povo. “O futebol  em Pernambuco é feito com paixão, tem lado, o torcedor tem sua opção com muita clareza. Aqui nesta casa também é assim, todos têm um time para torcer, mas quando o vereador Romerinho apresentou a proposta da homenagem, ela foi aprovada por unanimidade”.

Antônio Luiz Neto lembrou que, quando o Santa Cruz foi fundado, a economia de Pernambuco sofria forte influencia do capital inglês e o futebol era um esporte de elite mas jovens recifenses se organizaram e fundaram o clube. “O Santa hoje deve se sentir honrado por estar sendo homenageado pela Casa que leva o nome de um abolicionista porque a história do clube certamente tem a ver com a história do nosso povo, atravessando o século 20, crescendo e sendo acompanhado por uma multidão que também cresceu, se preparou, se integrou e, por isso o clube cresceu, foi para o bairro do Arruda, conquistou aquele quarteirão, seu patrimônio e suas vitórias. Hoje é o time mais popular do Brasil. Devemos marchar para o centenário com muito orgulho. E, desta maneira, o Santa vai varar mais um século com a união de todos nós”.

De acordo com informações do site oficial do clube, o Santa Cruz foi fundado no dia três de fevereiro de 1914 por 11 jovens, com idades entre 14 e 16 anos, que se reuniram na antiga Rua da Mangueira nº 2, do então distrito da Boa Vista. O nome Santa Cruz surgiu porque o grupo costumava jogar no pátio da Igreja de Santa Cruz, também situado no centro do Recife. As cores escolhidas foram o branco e preto. Posteriormente, o Santa adotou o vermelho, tornando-se tricolor.

Mesmo sendo fundado por representantes da classe média, o Santa Cruz sempre foi um clube popular, aceitando inclusive negros no time, coisa rara nesta época. Foi um passo importante para a popularização do clube, numa época em que o futebol ainda era um esporte fechado, praticado por rapazes da elite ou por funcionários das várias companhias inglesas que funcionavam na cidade do Recife.

A casa do Santa Cruz, que é o estádio José do Rego Maciel, recebeu o nome do então prefeito do Recife que doou o terreno ao clube em 1954, no bairro do Arruda. O tricolor pernambucano possui, entre as suas principais conquistas, um Campeonato brasileiro Série C, 27 títulos estaduais de futebol, uma Taça Norte-Nordeste e também o prêmio de Fita Azul do Brasil em 1980, já tendo sido semifinalista do Campeonato Brasileiro na década de 1970.

Em 11.12.2013, às 12h31