Sugestões e debates movimentaram Audiência

Após as falas dos debatedores da Audiência Pública que discutiu o Projeto de Lei 8/2015 que institui e regulamenta o Plano Específico para o Cais de Santa Rita, Cais José Estelita e Cabanga, foi aberto um espaço voltado para depoimentos e opiniões de moradores e representantes de movimentos sociais e demais interessados no assunto. A iniciativa do encontro foi do líder do governo, vereador Gilberto Alves (PTN).

De acordo com o inspetor do CREA-PE, Marcílio Leão, a questão dos gabaritos deve ser considerada no projeto. “Sugiro a aprovação da matéria e que, posteriormente, pudesse haver a possibilidade da flexibilidade na regulação dos gabaritos. Também gostaria de ressaltar que senti a falta de entidades como Exército, Marinha e da engenharia da Compesa”.

O morador do Coque, Renê Guedes, destacou que a participação popular é essencial para a discussão do tema. “É importante o respeito com os movimentos sociais de todas as periferias que fazem parte e defendem o projeto claramente. E sugiro que a Câmara abra o debate para as comunidades”. Já o morador da Boa Vista, Albino Sérgio, enfatizou que a proposta trará grandes benefícios à cidade e, em especial ao bairro. “Sou a favor, pois trará benefícios e será um bairro com mais condições. E eu quero essas melhorias para os meus netos. Um Recife melhor para os meus amigos e minha família”. Antônio Carlos, do bairro dos Coelhos, também concordou com as possíveis melhorias com a vinda do novo empreendimento. “Também quero o melhor para o Recife. Temos que avançar”.

Leonardo Cisneiros, do movimento Direitos Urbanos, preparou uma carta sobre as questões que envolvem o projeto e fez questão de destacar a inclusão do plano urbanístico na proposta. “Ficamos contentes com o atendimento de uma demanda nossa, desde o ano de 2012, sobre a realização de um Plano Urbanístico para a definição do futuro do Estelita.E também estamos  reivindicando  ao bairro a nossa memória histórica, como a via ferroviária , a qual pertence a todos os recifenses”. Rodrigo Rafael, também do Direitos Urbanos, falou sobre a importância da implementação de moradias populares. “O projeto não cita nenhum metro quadrado de habitação de interesse social e esse é o debate que queremos fazer”.

Já Ana Lira, do movimento Ocupe Estelita, frisou a preocupação em relação ao número de automóveis que passará a circular na área. “É alarmante a quantidade de garagens que será erguida e fico pensando na população que trabalha naquela região. Com a nova quantidade de carros, o cidadão ficará 2 horas, 2 horas e meia no trânsito, assim como acontece na avenida Caxangá”.

Também presente no encontro, o presidente Vicente André Gomes (PSB) ressaltou ser essencial o debate na Casa e ouvir as diversas opiniões sobre o projeto. “Quero congratular-me com todos. Como presidente da Casa, sempre discuti com todos os segmentos e considero muito importante ouvir as sugestões e opiniões contrárias. Quero parabenizar o vereador Gilberto Alves pela iniciativa. A democracia existiu nesse evento e estamos ao inteiro dispor para receber, também, a participação de todos para que nós, juntos  com a Comissão de Meio Ambiente, possamos dar uma contribuição ideal”.

Em 10.04.15 às 14h14