Vera Lopes defende patrulha armada nas escolas
“Era um louco que no seu delírio extermina os brasilerinhos na escola, o local mais sagrado. Nenhum pai ou mãe de família vai pensar que seu filho está correndo risco porque a gente sabe que na escola ele está guardado. E a gente pensava que só nos Estados Unidos ocorriam esses fatos”. Para a vereadora, as escolas da cidade não oferecem proteção e nem contam com guardas nas entradas ou portarias. “Qualquer tipo de pessoa, até traficantes, podem entrar. Precisamos criar medidas preventivas para depois não ficar lamentando e chorando. Temos que colocar patrulhas armadas porque só temos guardas desarmados nas portas das escolas e nos hospitais para tomar conta do patrimônio, evitando depredação, mas eles não vão tomar conta das pessoas. Precisamos de leis que protejam as nossas crianças”.
Para Vera Lopes, a tragédia poderia ter sido evitada se houvesse patrulhamento para identificar pessoas suspeitas e estranhas dentro das escolas. “O louco passou 15 minutos lá dentro, recarregou as armas, circulou pelos corredores e entrou várias vezes nas salas. Se houvesse patrulha, seria tempo suficiente para que ela chegasse porque ao disparar o primeiro tiro, os guardas iriam ouvir e subir”.
A vereadora destacou a importância da lei municipal de autoria dela que obriga as unidades de ensino públicas e privadas do Recife a incluir nos projetos pedagógicos medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à prática de ações conhecidas como bullying escolar. Segundo relatos de ex-colegas de turma do assassino de Realengo, ele havia sofrido perseguições durante o período escolar, o que poderia ter motivado as mortes em série.
Presidente da Comissão de Segurança, o vereador Maré Malta (PPS) disse que já tramita na Casa um projeto de sua autoria para obrigar a instalação de câmeras nas escolas de Ensino Infantil, Fundamental e Médio da Rede Pública e Particular da cidade. Elas deverão manter um sistema de monitoramento, por meio de câmeras em pleno funcionamento, com gravação em tempo real, de todo o movimento diário nas áreas de uso comuns das unidades de ensino. “Isso pode inibir o acesso de traficantes, o bullying e outras ações”.
Em 12.04.2011, às 18h50.