Vereador cobra reforma no Teatro do Parque

A paralisação nas obras de reforma do Teatro do Parque foi o assunto destacado pelo vereador Ivan Moraes (PSOL) na tribuna da Casa, na tarde desta segunda-feira, 24. Ele lembrou que o teatro, localizado na Rua do Hospício na Boa Vista, completou os 100 anos de portas fechadas ao público e citou números do contrato que, segundo ele, é o de número 329/ 2014, “firmado com a Concrepox e no valor de R$ 8 milhões e 220 mil reais, que está em processo de distrato”.

Ainda de acordo com o parlamentar, o valor previsto no contrato se refere a obras de infraestrutura (R$ 6 milhões e 100 mil reais) e reequipação (R$ 2 milhões e 100 mil reais). “Tem coisas que precisam ser restauradas e não foram incluídas no pacote e por conta do atraso na obra – de 2014 para cá – o dólar aumentou 77% e boa parte dos materiais  são comprados em dólar”. Ele disse que foi informado pela empresa de que a Prefeitura pagou R$ 700 mil reais e em dezembro de 2015 ficou devendo R$ 300 mil reais.

O vereador ressaltou a importância do Teatro do Parque e da cultura para o Recife. Lembrou  que o local foi palco para  inúmeros shows de grandes nomes da MPB e sessões de cinema com bons filmes, a preços simbólicos que permitiam o acesso de centenas de pessoas. Exibiu, então, um cartaz com a frase: #Ocuparque. “Amanhã à noite o Cine Clube Rua exibirá cinco curtas metragens na grade do Teatro do Parque e terá um debate sobre política cultural.”

A líder do Governo, vereadora Aline Mariano (PMDB), concordou que todas as pessoas apreciam o Teatro do Parque e defendeu a Prefeitura, dizendo que o Governo tem responsabilidade. “É  preciso apurar os números que foram apresentados pelo vereador Ivan Moraes. Eu não acredito que o governo Geraldo Julio faria um investimento à toque de caixa. É preciso ouvir a Prefeitura neste projeto porque há  um entendimento da gestão para conclusão das obras, a exemplo do Teatro de Santa Isabel que foi reformado e  está servindo à cultura.” Sobre a possibilidade de distrato, a parlamentar disse que neste caso uma das partes paga e ambas são penalizadas. "Eu lembro que os contratos para a construção dos habitacionais estavam todos errados e precisaram ser desfeitos."

Em 24.04.2017, às 18h41