Marco Aurélio denuncia espancamento no Porto do Recife

“Pensei que os anos de chumbo da ditadura haviam terminado, mas no Porto do Recife ela continua. Um caminhonheiro foi espancadao por um funcionário da segurança do Porto de forma bárbara”. A denúncia foi feita na tarde desta terça-feira 5, na Câmara do Recife, pelo vereador Marco Aurélio (PTC) . Ele acredita que as autoridades portuárias não concordam com esse tipo de atitude e nem o governo, mas ela acontece lá dentro. Ele disse que vai levar o caso ao Ministério Público do Trabalho, para que este tome as providências cabíveis contra atos de brutalidade cometidos contra um trabalhador. Há, segundo o vereador, no Porto do Recife, enorme descaso em relação às condições de trabalho e não seria de hoje.

Henrique Leite (PT), sindicalista e policial civil, frisou que qualquer ato de violência deve ser condenado e trazido a esta Casa para ser denunciado. “Como vereadores devemos estar à frente de questões como estas. Seria importante termos acesso ao Boletim de Ocorrência, exame de corpo de delito e outros documentos que comprovem a agressão, para que sejam levados ao MPT”.

Luiz Eustáquio (PT),  ressaltou que o tema remete à questão de Direitos Humanos. Ele considerou que no Porto existe uma reserva e não se pode entrar lá sem autorização prévia. “Existe uma guarda patrimonial e o caminhonheiro estava a serviço. A guarda portuária sempre foi muito truculenta. Trabalhei lá na minha adolescência e sei bem como é. A guarda passa do limite”. O vereador, no entanto, sugeriu que se procurasse a direção do Porto do Recife e fez um apelo à Comissão de Direitos Humanos da Casa.

Raul Jungmann (PPS) classificou a discussão como muito grave. Ele apoia a denúncia do colega e disse que é preciso que seja 0apurada para que o responsável seja punido. “Sugeriu que a  Comissão de Direitos Humanos marque  uma audiência pública para discutir esse tipo de ocorrência, até  para que não se repita”.

 

Em 05.03.2013, às 18h04.