Vereador é contra regulamentação de flanelinhas

Para disciplinar a atividade dos flanelinhas, especialmente no Recife Antigo, a Prefeitura da cidade elaborou projeto de lei para regulamentar a atuação desses “profissionais”. Mas, o vereador Marco Aurélio (SDD), ele próprio autor de um projeto regulamentando a atividade, ingressou com dois requerimentos na Câmara Municipal. Um sugere que a Guarda Municipal passe a atuar no Recife Antigo coibindo abusos dos flanelinhas e outro sugerindo que os controladores de trânsito, conhecidos como amarelinhos, passem a exercer o papel daqueles “profissionais” .

O vereador disse que não é contra o trabalhador, mas não podia concordar com a terceirização do poder legislativo e que esse assunto tem de ser discutido pelo Legislativo. “Acho que esses “profissionais” deveriam ser qualificados para atuarem em outras áreas. Eles não têm condições de receber nossas famílias. Para ser coerente retirei meu projeto de lei e dei entrada a esses dois requerimentos na Casa”.

Carlos Gueiros (PTB) disse que tem resolvido as pendências com a gestão conversando e só quando não há acertos traz o assunto para a tribuna da Casa. Para ele, flanelinha é assunto de polícia e que esses “profissionais” precisam de qualificação, mas era contrário à ida da Guarda para a rua sem armas. Eles seriam desmoralizados. O agente de trânsito com poder de multa pode ajudar nesse processo.

Osmar Ricardo (PT)  disse que falta determinação ao Estado e ao município no disciplinamento de algumas questões. “Não há segurança na área, faltam guardas e disciplinadores de trânsito. Os flanelinhas abusam das pessoas e esse assunto merece ser melhor debatido. A Prefeitura poderia aproveitar os flanelinhas para serem orientadores de trânsito”.

André Régis (PSDB) disse que é necessário saber qual é a função do flanelinha, porque segurança é questão de Estado e eles não estariam aptos a garantir a integridade de ninguém. Para ele, essa tentativa da PCR vai causar mais danos à cidade. Henrique Leite (PT) acha que o tema é polêmico e precisa ser aprofundado. Para ele, o governo quer colocar ordem, mas lá na frente vai criar mais problemas com  a legalização do ilegal.

Já Luiz Eustáquio (PT) entende que da forma que está não pode ficar, mas requalificar flanelinha pode não dar certo. “Preocupa como será o trato com essas pessoas”. Rogério de Lucca (PSL) acha que é preciso ouvir a sociedade sem impor nada. Para ele, não se pode retirar direitos do cidadão.

 

Em 15/12/2014 às 18h52