Vereador explica Base Nacional Comum Curricular
Rodrigo Coutinho ressaltou que tentam confundir a opinião pública, pois trata-se apenas de uma discussão de diretrizes e só depois os municípios poderão tomar como base o documento do Ministério da Educação e formular seus curriculum. “Não tem nenhum tipo de ideologia porque a BNCC baseia-se na Constituição Federal. A Base vem sendo objeto de críticas sobre ideologia de gênero, mas não é verdade. Esse documento foi elaborado por especialistas renomados e recebeu 12 milhões de adesões”.
Ivan Moraes (PSOL) frisou que tem críticas ao Ministério da Educação, mas não pela elaboração da BNCC. Ele defende que o país precisa progredir no sentido de se modernizar. “É cada vez mais importante que as crianças possam compreender melhor o mundo em que estão vivendo. As mudanças estão perto delas, convivendo com elas”. O vereador enfatizou que quando damos margem ao discurso da intolerância fica difícil avançar, pois estudar gênero é diferente de ideologia. “É preciso desincentivar a intolerância e é nosso papel como legislador fazer isso”.
Mas Michele Collins, autora do requerimento, argumentou que participou de fóruns de debate sobre o assunto e pode ver que os ativistas LGTBS distorceram o discurso dela. “Não tenho preconceito com as escolhas diferentes das minhas. Nós não temos ódio a essas pessoas, nós amamos essas pessoas, somos contra a homofobia e a favor do respeito, mas desconstruir ensinando gênero dentro das escolas, somos contra”.
Fred Ferreira (PSC) disse que o impasse está mais fácil de se resolver porque o ministro da Educação é pernambucano, referindo-se a Mendonça Filho que ocupa a pasta. Ele sugeriu criar uma comissão de parlamentares e representantes das pessoas que estavam nas galerias do plenário da Casa para marcarem audiência com o Ministro e dialogar sobre o tema. Já a vereadora Aimée Carvalho (PSB) pesquisou o texto da BNCC e ela de fato afirma que os professores podem problematizar as questões de gênero e sexualidade em sala de aula. “É preocupante e assustador que se queira tratar desse assunto com crianças de seis anos de idade”.
Aerto Luna (PRP) argumentou que a minoria não pode querer impor algo à maioria e leu texto da CNBB com recomendações do Papa Francisco acerca de se discutir nas escolas questão de gênero. Segundo ele, o Papa disse que “a defesa do respeito devido à mulher e a qualquer outra pessoa, independentemente do comportamento sexual, é tese praticada pela Igreja, porém tentar resolver a questão através da imposição de ideias duvidosas e irreais, e que agridam o direito das famílias é outra coisa”. Ao final do debate, ocorreu a votação, mas o Requerimento não foi aprovado por falta de quórum.
Em 07.11.2017 às 17h21.