Vereador lamenta cenário de violência mostrado em reportagem

O vereador Rinaldo Júnior (PRB ) ocupou a tribuna na tarde desta segunda-feira, 17, para destacar a questão da segurança pública no Estado e no Recife. “Pela terceira vez, eu falo aqui sobre o aumento da violência. Neste fim de semana o jornal Folha de S. Paulo, trouxe uma matéria sobre a violência na cidade”. Além de repercutir a reportagem, o parlamentar entregou nas mãos do presidente da Casa, Eduardo Marques (PSB), a ata da audiência pública que promoveu no mês passado, sobre a situação de insegurança para trabalhadores do transporte coletivo.

“Nosso mandato objetiva contribuir com a questão. As sugestões que constam neste documento, resultado da audiência, são simples, como iluminar as paradas de ônibus, por exemplo”. Mas o tema principal do pronunciamento do vereador foram os números mostrados pela reportagem da Folha de S. Paulo. De acordo com o jornal, em Pernambuco, nos meses de  janeiro e fevereiro, foram registrados 974 homicídios, quase 17 por dia, um aumento de 47% em relação ao mesmo período do ano passado.

O parlamentar destacou ainda outros números. “Este ano já foram registrados  240 homicídios na cidade e mais de 2.370 assaltos a ônibus. Sobre violência contra a mulher, são mais de 85 mulheres estupradas. Nesta proporção serão mais de 700 vítimas até o fim do ano”. Segundo Rinaldo Júnior  é um  dever da classe política e de toda a sociedade  cobrar ações do governo do Estado e da Prefeitura para prevenir e  mudar esta realidade. Para ele a repressão é importante, tanto quanto a educação.

O vereador Ivan Moraes (PSOL) disse que o que ocorre são sintomas de uma sociedade doente e reclamou que esperava mais do governo do Estado. “Precisamos reconhecer que a proibição do uso de drogas  colabora de forma explícita para a violência. Da mesma forma que o racismo, a homofobia, o patriarcado e a juventude sem oportunidade”. Para ele, cabe à Prefeitura o enfrentamento à violência através da educação nas escolas. “O Compaz é um equipamento que precisa ser reproduzido em escala muito maior para dar o resultado esperado”.

Já a  vereadora Marília Arraes (PT) afirmou que o assunto se resume “a falência do Pacto pela Vida. No interior do estado,  só escutamos falar sobre o medo, não só da violência, como de divergir da política”.

Em 17.04.2017, às 18h11