Vereador propôs monumento para lembrar duas revoluções

As revoluções da Confederação do Equador, que completará 190 anos em 2014, e a Pernambucana de 1817, que fará 200 anos em 2017, poderão ter monumento em suas homenagens. O vereador Wanderson Florêncio (PSDB) encaminhou requerimento solicitando à gestão municipal para elaborar e apresentar ao governo federal um projeto de um monumento a ser construído no Recife, para simbolizar um resgate histórico, cultural e reparador pelos danos e punições sofridas por Pernambuco no passado quando perdeu território.

Wanderson argumentou que essas revoltas ecoaram pelo país o grito republicano e federativo, ideais que viriam a ser proclamados em novembro de 1889. No entanto, diz ele, esse sentimento progressita e de vanguarda foi vorazmente reprimdo pelo Império. Além do derramento de sangue, Pernambuco sofreu danos irreparáveis com o desmembramento de nosso território, perdendo em 1817 a província de Alagoas e do Rio Grande do Norte. E em 1824 em represália à Confederação do Equador, perdeu uma fatia da província do São Francisco, equivalente a duas vezes o tamanho atual do Estado.

O vereador afirmou ainda que naquele século, o país reconheceu a tese pernambucana da república, mas sem reparação das perdas sofridas. Por isso propus o monumento como forma de reparação simbólica. “O Recife como capital pernambucana deve puxar o condão desse resgate histórico e sentimental de seu povo”.

André Régis (PSDB) apoia a inicitiva e foi mais além, desejando que a proposta de Wanderson receba também o apoio de todos os colegas. Ele acredita que esse monumento poderá atrair a atenção de mais turístas e vai contribuir para manter a nossa história viva. “Na Constituição passada, o governo federal devolveu o territótio de Fernando de Noronha como forma de reconpensa. Sugiro que o nome da ilha passe a ser Ilha de Pernambuco para que ela seja de fato lembrada como nossa”.

Raul Jungmann (PPS) argumentou que a centralização de poder e território naquela época acabou prejudicando Pernambuco, mas foi daqui, segundo ele, que saiu o primeiro grito de independência no sentido de descentralização e federalismo. “Essa não é uma questão apenas pernambucana, mas nacional de preservação de nossa história”.

 

Em 02.09.2013 ás 17h30