Vereador quer anulação das mudanças dos ônibus da Caxangá
O vereador destacou ainda que protocolou um requerimento na Câmara solicitando ao Prefeito, através da Secretaria de Mobilidade, que convoque uma reunião extraordinária com o Conselho Superior de Transporte Metropolitano para anular o processo de integração dessas linhas. Mesmo considerando a Lei Federal número 11.107/ 2005 – que dispõe sobre a contratação de consórcios públicos de transporte, e que tirou dos municípios o direito de legislar sobre o setor, Ivan Moraes frisou que “a prefeitura tem responsabilidades, por possuir 35% de participação no Grande Recife Consórcio de Transporte”.
O vereador Jairo Britto (PT) afirmou que os trabalhadores foram prejudicados. “Antes, o pessoal saia da Zona Oeste da cidade e descia na Boa Vista. Hoje não consegue mais fazer isto. Fica numa parada, esperando ônibus cheio, sem segurança. O BRT não para na Boa Vista. Sem as obras concluídas não há condições para o usuário”. A opinião foi compartilhada por Amaro Cipriano Maguari (PSB). “O Grande Recife Consórcio tem de rever a situação. É preciso ver o melhor para a coletividade. Aquilo que não condiz com a maioria, não é bom”.
Já Eriberto Rafael (PTC) ressaltou que mesmo antes da mudanças, as reclamações dos moradores daquela área eram constantes. Ele citou vários bairros e afirmou que “sempre se tinha reclamações pela demora dos ônibus. Agora é preciso que se tenha consciência de que muitas pessoas nem sabiam do que iria acontecer”. As alterações atingiram cerca de 27 mil usuários que utilizavam diariamente as linhas que atendem os bairros e comunidades de Engenho do Meio, Brasilit, Sítio das Palmeiras, Cordeiro, Roda de Fogo, Torrões, Iputinga e Detran. Eles passaram a fazer integração temporal com o Corredor Leste/Oeste do BRT.
O vereador Carlos Gueiros (PSB) fez uma breve explanação sobre a criação do Consórcio e afirmou que sempre foi contrário a decisão. “Sabe uma voz solitária no deserto? Assim foi em 2001, 2003 quando se transferia a responsabilidade do transporte público para o Estado. O município delegou ao Estado e não fez reserva nenhuma. No entanto, o sistema atende ao Recife, mais do que a Região Metropolitana, mas o majoritário, não é mandatário”. O vereador tem assento no Conselho Superior de Transporte Metropolitano mas teceu críticas a forma como foi feito o Sistema de Integração. “Na integração só se pensou no preço, mas nem sempre só isso atende. Não se perguntou ao usuário”.
Em 14.02.2017, às 18h29