Vereador quer proibir venda de coleiras de choque no Recife

Elas servem para adestrar cães e inibir os seus latidos, mas para isso utilizam um método apontado como cruel pelos protetores dos animais: a descarga elétrica. As coleiras de choque – também conhecidas como coleiras eletrônicas ou coleiras de eletricidade estática – chamaram a atenção do vereador Romero Albuquerque (PP), que apresentou à Câmara do Recife um projeto de lei tratando do assunto. Caso seja aprovado, o projeto nº 336/2017 vai proibir a comercialização desse equipamento na capital pernambucana.

Na justificativa da proposta, o parlamentar explica porque considerou necessário sugerir a proibição das coleiras de choque, que se modernizaram recentemente. “Eram dispositivos grandes e de fácil identificação, tendo a recusa imediata de entidades protetoras de animais. Mas, hoje, com o avanço da tecnologia, as coleiras eletrônicas são discretas e quase imperceptíveis.”

Segundo Romero Albuquerque, o objetivo de sua proposta é coibir maus tratos e incentivar o adestramento responsável. “O intuito educativo é válido, no entanto, os donos literalmente estão eletrocutando seus animais, mesmo que essa ação não resulte em morte. Desta forma, venho por intermédio dessa proposição impedir maus tratos aos animais de modo a estimular outras formas de adestramento, sem o uso da técnica que envolva crueldade.”

Aos estabelecimentos que descumpram a proibição, o projeto propõe a aplicação de diversas sanções. Elas vão da notificação por escrito à multa de cinco mil reais, em caso de reincidência, até a interdição e suspensão do alvará de funcionamento, em último caso.

Em 30.01.2017, às 8h57