Vereador quer verticalização do mercado de Afogados
O parlamentar falou sobre as várias dificuldades enfrentadas por comerciantes e clientes que utilizam o mercado. A falta de estrutura e de higiene, o transtorno para pedestres e motoristas e a criminalidade são algumas das reclamações. “Muitas destas pessoas trabalham há mais de 30 anos em condições subumanas, sem estrutura para realizar aquele tipo de comercio, que é de alimentos. Apesar disto, eles vendem frutas e verduras para garantir o seu sustento. Tirar um cidadão deste dali e levar para outro lugar que eles não conhecem é uma agressão. As pessoas que vão ali é porque confiam na mercadoria que estão comprando”.
Gilvan Cavalcanti recebeu o apoio de vários parlamentares. Entre eles, Marcos Menezes (Dem), que elogiou o formato do requerimento. “O colega teve o cuidado de ir além, avaliar as necessidades daquelas pessoas e do local, e trouxe uma solução técnica, poupando tempo à Prefeitura”.
Vicente André Gomes (PCdoB) destacou que as dificuldades dos feirantes de Afogados vêm de longa data. “Desde que Gilberto Marques Paulo era prefeito tentamos encontrar um lugar que não descaracterizasse os feirantes, mas assegurasse o bom funcionamento do bairro. O senhor está de parabéns porque traz a esta Casa um dos problemas mais sérios que é o equacionamento destes feirantes que têm mais de 40 anos dedicados a ganhar o pão de cada dia”.
Presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Múcio Magalhães (PT) propôs a realização de uma audiência pública onde vereadores e locatários poderão ouvir a opinião do Executivo sobre o projeto apresentado pelo colega. “Isto é a Casa de José Mariano tentando resolver um problema que cada dia fica pior”.
Os vereadores Romildo Gomes (Dem) e Aline Mariano (PSDB) apoiaram o requerimento e destacaram que não é apenas o mercado de Afogados que passa por dificuldades. Romildo citou os problemas de trânsito que cercam o mercado de Casa Amarela, e Aline foi além. “No início do mandato fiz uma peregrinação nos mercados públicos e a situação é de dar pena. Os mercados - que são a cara do nosso povo - estão em condição completa de abandono”.
Gilvan também recebeu o apoio dos vereadores Amaro Cipriano Maguari (PDT), Gilberto Alves (PTN) e Maré Malta (PPS), que considerou a ideia inovadora. “Nenhum país do mundo se desenvolveu sem dar atenção ao pequeno empreendedor e esta iniciativa está contribuindo para uma categoria abandonada, que não tem o reconhecimento do poder público”, avaliou Maré, que ainda sugeriu a realização de oficinas para conscientização ambiental, de higiene e noções financeiras.
O presidente Jurandir Liberal (PT) recebeu o projeto de Gilvan em nome de Mesa Diretora e endossou seu apoio à ideia que, na sua opinião, pode ser estendida a outros mercados públicos. “A verticalização acaba com o problema do estacionamento e com a antiga ideia de uma feira livre. Temos que mostrar que estamos em outro momento. Algumas coisas podem ser resolvidas de imediato, mas temos que melhorar hoje pensando no futuro, já que este é um projeto para 10, 15 anos”.
Gilvan acredita que não é possível esperar tanto para fazer mudanças. “Tem dinheiro para ser investido, só falta a vontade política do Executivo. Esta é uma proposta de grande retorno social, que melhora a vida não apenas dos locatários, mas de todos que transitam por ali. No que depender de mim, o ponta pé inicial será dado em um ou dois anos”.
Em 06.06.11, às 17h30.