Vereador questiona apreensão de máscaras no carnaval
No entanto, ele lamentou que troça Empatando tua Vista, que dialogava com o ex-governador Eduardo Campos e com o próprio governador Paulo Câmara, e que não é contra gestores e políticos, tenha sido abordada pela polícia e tido as máscaras – com o rosto do prefeito Geraldo Julio e do governador Paulo Câmara – recolhidas, incluindo as fantasias de carnaval.
O vereador resaltou que não foram armas, no Estado onde mais se mata, ou substâncias desconhecidas. Ele informou que a troça fez Boletim de Ocorrência e foi à Corregedoria da Polícia Militar para que seja investigada de quem partiu a ordem para tais atos.
Mas Wanderson Florêncio (PSC) disse que este pode ser considerado o carnaval da paz e que muitos apostaram que seria violento e que não aconteceria. “Foram mais de 1,2 milhão de turistas e 97% de ocupação na rede hoteleira, carnaval plural, democrático. A polícia cumpriu seu papel garantindo a segurança da população”.
Já o vereador Rinaldo Júnior (PRB) considerou um absurdo a apreensão das máscaras. Para ele, um Estado como Pernambuco e uma cidade como o Recife não pode se calar diante de tal fato. “Não sabemos por que até agora não foi divulgado os números da violência no carnaval. Precisamos saber de onde partiu a ordem da apreensão”.
Jayme Asfora (PMDB) disse que ficou estarrecido com o acontecimento e que todos devem acompanhar a apuração dos fatos. Segundo ele, a OAB divulgou uma nota repudiando a ação da PM e pede apuração e responsabilização dos culpados.
Renato Antunes (PSC) também repudiou a apreensão das máscaras, e disse que foi militar e para essa corporação os princípios basilares são hierarquia e disciplina. Lembrou, entretanto, que se uma ordem contrária a lei, deve ser solicitada por escrito ou não ser cumprida.
Aline Mariano (PMDB), líder do governo, disse que é preciso ter coragem para falar certas coisas, concordando que a ação foi truculenta, mas que tinha certeza de que não partiu da Prefeitura e que não acreditava que a PM tivesse dado um tiro no próprio pé não informando como aconteceu a ação. “Sabemos que há brigas internas nas corporações e que muitas ações são politizadas. A ação mais parece um ato político, e embora considere a polícia responsável, há alguns lá dentro que acabam influenciando determinadas ações. Também queremos saber quem praticou tais atos”.
Em 07/03/2017 às 17h37.