Vereador repercute audiência sobre comércio informal

O vereador Osmar Ricardo (PT) ocupou a tribuna da Casa, na tarde desta segunda-feira, 06, para repercutir a audiência pública que promoveu na última quarta-feira sobre a situação do comércio informal do Recife. O parlamentar destacou a importância do encontro e criticou o cadastramento realizado pela Prefeitura. “Há uma diferença entre a lista da autoridade e a dos ambulantes. É preciso “bater” estas listas. Na Universidade Federal a relação oficial - feita pela Prefeitura e reitoria – consta de 112 nomes, já na lista dos camelôs têm dez nomes a mais”. Ele propôs a criação de uma comissão especial na Câmara para acompanhar o pleito dos ambulantes.

Luiz Eustáquio (PT)  disse que a audiência pública foi muito importante porque  tratou do ordenamento da cidade. “O Recife tem uma vocação mascate. Eu questiono dois pontos: obras anunciadas que não andam e a dificuldade  da Prefeitura em discutir com o sindicato”.  Ele ressaltou  que soluções impostas podem resultar  em problemas, como “o camelódromo da Avenida Dantas Barreto que, 25 anos depois, ainda não está totalmente ocupado”.

Compartilhando a preocupação com o parlamentar,  Jurandir Liberal (PT)  destacou que se associa a esta luta e insiste em que ocorra uma mesa de negociação para estudar  diversos pontos. “O espaço a ser ocupado, por exemplo, para que não haja prejuízo para os trabalhadores e para a mobilidade das pessoas. Esta Casa precisa se pronunciar  e acompanhar atentamente a questão”.

Já o vereador Amaro Cipriano Maguari (PSB) destacou a presença do secretário Municipal de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga,  na audiência como um gesto relevante para soluções de problemas. “Há divergências sobre o cadastramento, mas é preciso lembrar que o comércio informal é um setor complexo e tem sido tratado com respeito e atenção”.

O líder do governo na Câmara, Gilberto Alves (PTN),  discordou da ausência de diálogo entre a Prefeitura e o sindicato dos comerciantes informais. “Na atual gestão, o sindicato foi atendido 28 vezes na Prefeitura, sendo oito vezes pelo próprio secretário. Não nos negamos a conversar com quem quer que seja”. Ele disse ainda que o comércio informal exige um trabalho de muita atenção. “A gestão tem mostrado  interesse sobre a atividade, sabemos  que  existem famílias  de outras cidades que exercem suas atividades aqui, pois o Recife é uma cidade  com tradição mascate. Antes de qualquer intervenção  é feito um estudo minucioso”.

Em 06.04.2015, às 18h30