Vereador repercute resultado de votação do TSE

Não imaginávamos que voltaríamos às ruas para pedir Diretas Já, no entanto, o vereador Ivan Moraes (PSOL) argumenta que a sociedade tinha duas alternativas durante o julgamento da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral semana passada: cassar ou absolver. O pedido do PSDB pela cassação por identificar improbidade só veio a ser julgado três anos depois e concluiu pela absolvição, aliás desejada pelo governo e pelo PT. “Ficou clara a politização do julgamento pelo Tribunal. Parecia que nenhum dos dois lados queria ganhar. Torceram pela absolvição, porque hoje PSDB faz parte da base desse governo, e por outro lado não interessava ao PT”.

Segundo Ivan Moraes o argumento dos magistrados não levaram em conta fatos que aconteceram após a ação judicial, quando o juiz pode incorporar fatos posteriores. “Percebia-se que as falas eram políticas e não técnicas. Juízes indicados por Temer, outros pelo PT e até por Fernando Henrique. Nesse imprensado de eleições patrocinadas por empresas privadas está a população. O grupo JBS gastou R$ 366 milhões para eleger mais de 1.600 políticos”. O vereador acredita, no entanto, que há saídas legais e viáveis e aprova disso é que as pessoas estão nas ruas pedindo as diretas sem a presença de partidos políticos. “A decisão precisa ser das pessoas tendo em menta a necessidade de uma reforma política e a defesa veemente do patrocínio de campanha exclusivo por fontes oficiais”.

Jairo Britto (PT) disse que concordaria com tudo o que o colega havia dito excetuando a parte em que afirma que o PT torcia pela absolvição. “Nós queremos Diretas Já até porque o candidato do partido, Lula, lidera as pesquisas de intenção de votos. O PT defende a legitimidade das urnas. Gostaria que o colega informasse qual foi o dirigente petista que se manifestou contrário á cassação”.

 

 

Em 12/06/2017 às 17h.50.