Vereadora comemora os 70 anos do HCP

Para comemorar os 70 anos do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), a vereadora Missionária Michele Collins (PP) realizou reunião solene no plenário da Câmara Municipal do Recife, na manhã desta segunda-feira, 23. O HCP iniciou suas atividades em 9 de novembro de 1945 já com o objetivo de ser uma instituição de saúde de direito privado, sem fins lucrativos e de reconhecida utilidade pública. “A Casa de José Mariano se reúne hoje para prestar justa homenagem a uma das mais destacadas instituições de saúde do Estado. A sua história teve início graças a um grupo de senhoras da alta sociedade pernambucana, que se reuniu num casarão localizado no bairro do Espinheiro. Na época, a ideia foi abraçada pela senhora Dília Henriques, que mobilizou outras senhoras para a causa”, ressaltou a vereadora.

De 9 de novembro de 1945 para os dias atuais, disse Michele Collins, o Hospital de Câncer tornou-se referência no seu campo de atuação no Norte e Nordeste do Brasil e em sua jornada cumpre com esforço e determinação o papel de assistir doentes que sofrem de câncer e informar à população sobre a importância da prevenção deste mal. “Uma das mulheres mobilizadas, que lançou o projeto da Sociedade Pernambucana de Combate ao Câncer, foi Esther Souto Carvalho, esposa de Aldemar Costa Carvalho”. Ao lado do marido, transformou aquele sonho em realidade. Além de doar o atual terreno do HCP, o casal também construiu o primeiro pavilhão do hospital, que no início, contava com 15 leitos”, afirmou. A solenidade foi presidida pelo vereador Eriberto Rafael (PTC) e a mesa composta pelo superintendente geral do HCP, médico Hélio Fonseca; superintendente de Ensino, médico José Peixoto; o superintendente Executivo do HCP, Felipe Bitu; a superintendente Administrativa, Cláudia Barbosa; e a representante do movimento de voluntárias, Isabel Maria.

 

Além das atividades de ensino e pesquisa médica-oncológica, o Hospital é dedicado à prevenção, diagnóstico e tratamento especializado de pacientes portadores de câncer. O Hospital de Câncer de Pernambuco, que nos anos 1990 e início dos anos 2000 vinha enfrentando uma grave crise, passou por intervenção. “No dia 10 de abril de 2007, através de uma atitude corajosa do Governo do Estado, o Hospital de Câncer de Pernambuco passou a trabalhar sob intervenção estadual. Este remédio veio na hora certa, para evitar a morte do Hospital. A partir do esforço iniciado com a intervenção, já estás atendendo mais da metade dos doentes de câncer de Pernambuco”, ressaltou a vereadora. Mesmo com todas as dificuldades, o HCP, “em nenhum momento, hesitou em cumprir a sua missão: acolher e cuidar de pessoas portadoras de câncer, oferecendo tratamento humanizado, integral e de excelência à saúde, mantendo os valores do compromisso, do respeito, da competência, da ética e da inovação”, afirmou.

 

Com sete décadas de serviços prestados à população pernambucana, o HCP possui, de acordo com o que disse Michele Collins, uma extensa história de filantropia e solidariedade. “É responsável pelo atendimento de aproximadamente 55% dos pacientes oncológicos de todo o Estado. Hoje, o HCP possui gestão própria, liderada pelo atuante médico Hélio Fonseca”, disse. Ela aproveitou para parabenizar os voluntários da instituição, que têm o papel relevante na promoção dos cuidados com os pacientes e no funcionamento da instituição. “Quero registrar que o HCP é uma grande referência para nós na pesquisa, ensino, formação de profissionais e tratamento de câncer”, disse a vereadora, que entregou placa comemorativa dos 70 anos do HCP ao superintendente geral Hélio Fonseca. Já a superintendente Administrativa, Cláudia Barbosa, entregou um ramalhete à vereadora. Em seguida, foi apresentado um vídeo publicitário sobre o HCP.

 

A orquestra do Instituto Sol Maior fez apresentações e o superintendente Hélio Fonseca fez discurso de agradecimento. “É com grande orgulho, alegria e um sentimento de imensa gratidão, que aqui estamos recebendo esta homenagem. Há cerca de 70 anos, o mundo ainda se curava da Segunda Guerra Mundial. O mundo era outro e Pernambuco, também. Recife era a terceira metrópole do país e a mais importante capital do Nordeste. Na Rua Manoel Arão, número 115, Espinheiro, um grupo de senhoras fez história. Naquele mesmo dia, 9 de novembro de 1945, foi redigida a 1ª Ata da Reunião, nascendo então, a Sociedade de Assistência aos Indigentes Hospitalizados. Posteriormente, transformado em Sociedade Pernambucana de Combate ao Câncer”, disse o médico.

 

Ele lembrou diversos nomes que fazem parte dessa história e acrescentou que, hoje, quando se comemoram os 70 anos do HCP, a Câmara Municipal do Recife presta “uma justa homenagem a um verdadeiro patrimônio da Medicina e na prestação de serviços em saúde, razão de orgulho para a sociedade e para a ciência”. Ressaltou que, pelo Hospital de Câncer, já passaram “excelentes profissionais e colaboradores, destinados a dedicarem horas incontáveis de suas vidas, não somente voltados a atender pessoas portadoras de câncer, mas também na busca permanente pelo conhecimento”, afirmou.  Ele disse que não podia deixar de lembrar, na oportunidade, “a forma corajosa, mas de muita sensibilidade e visão, feito então pelo governador Eduardo Campos, quando foi decretado o chamado período de intervenção. Ao seu término, entendemos que havia sido construído um novo alicerce, uma base fundamental para que fossem não apenas retomados inúmeros sonhos e ideais, mas também a possibilidade de reconquistarmos o caminho do crescimento, da credibilidade e da referência em tratamento ao câncer”, finalizou.

 

Em 23.11.2015, às 13h50.