Vereadora repercute parada da diversidade e legalização da maconha

As reclamações de moradores da Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife, sobre os transtornos causados pela 13° Parada da Diversidade, que aconteceu ontem foram destacados pela vereadora Michele Collins (PP), na tarde desta segunda-feira, 22. “Várias pessoas me procuraram para falar do barulho que começou às 6h da manhã e só foi acabar às 22h. Eles reclamaram também dos transtornos no trânsito. Venho lembrar que esse evento não estava no cronograma da Prefeitura. A população daquela área quer saber até quando essa festa vai acontecer lá".

Outro assunto ressaltado pela vereadora foi a discussão feita hoje, pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), do Senado Federal, sobre a legalização da maconha. A Audiência Pública pretendeu subsidiar a decisão de transformar em Projeto de Lei a legalização ou não do uso do entorpecente para fins medicinais e recreativos. “Magistrados e Procuradores da República que participaram do debate defenderam a regularização do uso da maconha. Para eles, a proibição não funciona no combate às drogas. Já outros defenderam a não regularização”.

O texto prevê a legalização do cultivo caseiro, o registro de clubes cultivadores, o licenciamento de estabelecimentos de cultivo e venda de maconha no atacado e no varejo e a regularização do uso medicinal. “Não podemos permitir que o uso dessa droga seja legalizada. O consumo da substância é uma porta de entrada para o uso de outras drogas mais fortes. Estou realmente atônica em perceber que alguns membros do judiciários defendem a regularização desse mal. Os juízes sabem os efeitos danosos das drogas à sociedade. Além disso, é comprovado cientificamente que o  consumo da maconha gera danos irreparáveis à saúde e ao cérebro".

A vereadora disse ainda que os defensores citam estudos apontando o uso da substância como eficaz no tratamento da Esclerose Múltipla, Esquizofrenia e Mal de Parkinson. Mas ela ressaltou que estudo da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) mostra deficiências cerebrais relevantes, prejudicando a memória, o autocontrole, a capacidade de planejamento, a organização e fluência verbal. “Não podemos permitir a regulamentação do uso da maconha no Brasil. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem encabeçado esse discurso em favor da regularização dessa droga em nosso país. Por que ele não fez isso quando era o homem mais poderoso do nosso país? Precisamos mobilizar nossos senadores para que essa matéria não seja aprovada”.

Em 22.09.2014, às 17h00