Vereadora destaca Semana Nacional de Humanização

Aimée Carvalho ressaltou que a jornada de enfrentamento da violência obstétrica reúne profissionais, pesquisadores, estudantes e o público em geral para discutir a construção de uma nova realidade no Estado. “Esse tipo de violência é cada vez mais comum no Brasil. Uma em cada quatro brasileiras sofrem algum tipo de violência obstétrica”.

A vereadora comentou ainda que 70% a 80% das brasileiras são submetidas a uma cesariana, mesmo desejando um parto normal. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que esse percentual não passe de 15%. Segundo a Pesquisadora do Narrativas do Nascer, Marília Pinheiro, existe um cenário onde profissionais são habilidosos com o bisturi, mas não são bem preparados para acompanhar, e só num caso real de necessidade de intervenção colocarem, literalmente, suas mãos no processo fisiológico do parir e nascer.

Na semana passada, uma gestante precisou fazer um parto cesariana contra a sua vontade. Decidida a fazer o parto normal, recusou-se a ficar no hospital e voltou para casa. A médica, então, decidiu procurar o Ministério Público e determinou que a gestante fosse levada para o hospital, com o apoio da polícia, caso fosse necessário. O caso aconteceu no município de Torres, em Porto Alegre. " É preciso debatermos sobre esse tipo de violência. É necessário sensibilizar a população para a humanização do parto e de provocar uma reflexão sobre a prática e assistência de saúde oferecida no País", finalizou.

Em 08.04.2014, às 15h53