Vereadora critica a pornografia na TV

A pornografia e a nudez estão tomando conta da televisão brasileira. Pelo menos é o que pensa a vereadora Michele Collins (PP), que pediu na tarde desta terça-feira 04, na Câmara do Recife, que sejam tomadas providências. Ela disse que as câmaras municipais de todo o país deveriam se unir em torno dessa questão e exigir mudanças. “Acho uma vergonha estampada na televisão, em minisséries e outros tipos de programas. Um verdadeiro atentado às famílias, porque é mostrado em tvs de locais públicos, a exemplo de restaurantes, lanchonetes e shoppings. Tenho compromisso com a família e valores morais. Tenho de defender as famílias dessa promiscuidade”.

Luiz Eustáquio (PT) concorda com a colega. Ele também acha uma vergonha o que está acontecendo na televisão brasileira. Para ele o parlamento não está dando a devida importância ao assunto. “Hoje tudo é permitido, tudo pode. A TV está ensinando a permissividade e fazem uma evolução para pior”.

Mas o vereador Henrique Leite (PT) discordou dos colegas, embora não aceite o monopólio de audiência de uma emissora de TV brasileira. No entanto, ele disse que não é possível se enconder a realidade e que os programas refletem o que a sociedade está vivendo na prática. “Todos sabemos que existem homossexuais, traição entre casais, brigas. A arte imita a vida e não há como impedir isso. Não se pode proibir a liberdade de expressão, pois as pessoas devem ser felizes do jeito que elas são e não do jeito que nós queremos que elas sejam. Sem contar que liberdade de expressão fica prejudicada”.

André Régis (PSDB) ponderou que a discussão envolve tema muito amplo e profundo. Preferiu se referir ao que ele chama de pobreza da exposição dos temas nas tevês. Mesmo assim, ponderou que elas produzem esses programas porque as pessoas querem ver, dá audiência. “O problema está na educação. Quando as pessoas têm bom nível de educação conseguem discernir melhor sobre tudo, inclusive suas escolhas e preferências. Elas tendem a ser mais tolerantes com os assuntos e mais abertas. A internet deu acesso a todo tipo de informação e de graça, não há como se proibir isso”.

 

 

Em 04/02/2015  às 17h57