Vereadores apóiam PCCDV dos guardas municipais

A Comissão de Legislação e Justiça da Câmara Municipal do Recife exigirá do Poder Executivo o envio do relatório do impacto financeiro do plano de Cargos, Carreira, Desenvolvimento e Vencimentos (PCCDV) do Grupo Ocupacional Guarda Civil Municipal do Recife, previsto no projeto de lei do Executivo número 19/2012. E realizará uma reunião extraordinária em conjunto com a Comissão de Finanças e Orçamento, para a qual também serão convidados os secretários municipais de Administração; de Finanças e de Assuntos Jurídicos, dando oportunidade para que esclareçam pontos que estão em aberto no projeto de lei, antes da emissão dos pareceres.

As decisões foram tomadas na reunião ordinária da Comissão de Legislação e Justiça, na manhã desta terça-feira, 13 de novembro. No mesmo encontro, os vereadores analisaram outros 14 projetos de lei, sendo que 10 receberam pareceres favoráveis e quatro foram rejeitados. Outros 22 projetos de lei foram distribuídos entre os presentes. Participaram os vereadores Marília Arraes (PSB), presidente da comissão; Alfredo Santana (PSDC), vice-presidente; Priscila Krause (DEM) e Múcio Magalhães (PT).

O projeto de lei 19/2012, do Executivo, foi o ponto principal da reunião. Ele foi encaminhado à Câmara Municipal do Recife no final do mês passado, com o objetivo de modificar a lei número 17.787/2012, que institui o Plano de Cargos, Carreiras e Desenvolvimento do Grupo Ocupacional Segurança Municipal. Com essa matéria o Poder Executivo espera “assegurar movimentação na carreira, regras de progressão, cargos e modelo de desenvolvimento continuado dos profissionais”. O projeto muda o nome para Plano de Cargos, Carreira, Desenvolvimento e Vencimentos do Grupo Ocupacional Guarda Civil Municipal do Recife. Mas a principal alteração refere-se à promoção, definida como a movimentação funcional vertical, correspondendo à passagem do servidor de uma classe para as classes seguintes na carreira.

Só que o projeto de lei chegou à Câmara Municipal do Recife sem o relatório do impacto financeiro. “Este é um problema sério, pois o plano representa a criação de despesas via decreto e nós, vereadores, precisamos analisar o impacto financeiro que ele terá no Executivo. Sem ele, há um atraso nos pareceres das comissões. Além disso, através do decreto, os guardas não terão garantia jurídica de que o plano será efetivado”, lamentou a presidente da comissão, Marília Arraes. Imediatamente, ela encaminhou um ofício aos secretários solicitando as informações do impacto. E vai convidá-los para a próxima reunião, a ser marcada.

Estiveram presentes na reunião desta terça-feira os diretores da Associação dos Guardas Municipais do Recife (Agis), Ernane Leitão e Marcus Vinicius Monteiro; e o diretor do Sindicato da Guarda Municipal, Ewerson Miranda, representantes da Comissão do PCCDV, que reúnem todos os segmentos institucionais e agremiações da Guarda Municipal. “Nós estamos preocupados porque o secretário de Governo, Augusto Miranda, ainda não mandou o impacto financeiro do projeto do PCCDV. Sem ele, não será votado em plenário”, afirmou Ernane Leitão.

O diretor do Sindsguarda, Ewerson Miranda, esclareceu que eles estão correndo contra o tempo, pois o prazo para a Câmara Municipal receber os projetos é até 20 de novembro. “O prefeito João da Costa prometeu enviar em tempo hábil o projeto de lei com o enquadramento dos guardas. O enquadramento é apenas um dos pontos do projeto e ainda assim, chegou à Câmara dos Vereadores sem o impacto financeiro. Precisamos agilizar essa matéria, mas esperamos contar com o apoio dos vereadores”, disse.

 

Em 13.11.2012, às 10h30.