Vereadores votam eleição direta de diretores

Após muita discussão sobre as emendas sugeridas pelos parlamentares, a maioria dos vereadores presentes à reunião desta tarde na Câmara do Recife, aprovou em primeira discussão o projeto de lei do Executivo para eleição direta de diretores e vice-diretores da rede municipal. No entanto, ficaram de fora as escolas profissionalizantes, 17 ao todo, transferidas da secretaria de Educação para a secretaria de Juventude. Para essas escolas terem eleição direta será necessário um novo projeto.

Jurandir Liberal (PT) lembrou que a votação direta foi instituída pelo PT há dez anos e que ao longo do tempo vem sendo aprimorada. “Fui relator desse projeto encaminhado em regime de urgência. Mas professores vieram à Casa e ele foi reelaborado junto com a gestão, que acatou sugestões. Fui contrário à colocação do termo compromisso, pois no futuro não sabemos quem será o secretário, podendo haver mudanças no critério. Por isso solicitei a retirada do termo”. A emenda foi votada em destaque e a palavra “compromisso” foi retirada do projeto.

Gilberto Alves (PTN), líder do governo, disse que a Casa cumpriu seu papel fazendo a discussão do projeto para aprimorá-lo. “Reafirmo o compromisso da gestão com suas promessas e dos vereadores pela participação no debate, junto com os professores”. Vicente André Gomes (PSB), presidente da Casa ressaltou que os diretores atigiram o objetivo desejado e a Câmara havia cumprido seu papel.

Priscila Krause (DEM) pediu que fosse colocado no projeto as escolas profissionalizantes por entender que o projeto tratava da rede municipal de ensino, da qual elas fazem parte. “Esse projeto tinha tudo para dar errado, mas o trabalho dos vereadores e dos professores conseguiu realizar alterações e trazer o debate democrático para o assunto”. Mas o pedido de destaque da vereadora não obteve exito e permaneceu com a redação original.

Carlos Gueiros (PTB) argumentou que era impossível que a PCR adotasse procedimentos diferentes porque todas são escolas. Ele solicitou ao prefeito que enviasse projeto adotando o mesmo procedimento de votação direta para as escolas profissionalizantes. Henrique Leite (PT) frisou que a Câmara tem dado contribuição aos projetos que muitas vezes são elaborados por técnicos, sem a visão política, e sem ouvir interessados. “Acho que foi equívoco transferir as escolas profissionalizantes de secretaria, mas devemos manter a eleição direta para elas também”. Osmar Ricardo (PT) alegou que a transferência foi feita para contemplar a secretaria de Juventude, mas ressaltou que a oposição havia contribuído muito com a Casa e com o governo fazendo o debate.

Em 09.12.2013, às 19h55