Vereadores debatem PEC que limita gastos

Em discussão no Senado e já aprovada pela Câmara Federal, a PEC 241 e agora 55 em tramitação, suscitou hoje intensos debates entre parlamentares da Casa de José Mariano. André Régis (PSDB), por exemplo, defendeu o limite de gastos proposta pela emenda constitucional e ao mesmo tempo criticou as ocupações realizadas em escolas, causando prejuízos à nação, segundo ele.

André alinhavou o discurso dele partindo da crise econômica pela qual o país passa no momento. Segundo ele, são 12 milhões de desempregados, reflexo da política econômica adotada nos últimos 14 anos pelo PT. “As eleições mostraram o repúdio da população que varreu o Partido dos Trabalhadores das prefeituras. Precisamos voltar à normalidade e para isso é necessário conter gastos públicos para que investidores voltem a ter confiança no país. E mais, a PEC é necessária, mas não é suficiente, são necessárias as reformas da previdência e a política”.

André Régis defendeu um novo pacto de convivência, de responsabilidade. “Aqui  me refiro à invasão das escolas. Elas foram ocupadas por alunos e até crianças, ocupadas de forma violenta, trazendo prejuízos ao país. Ser contra algo e protestar é legítimo, mas invadir e causar prejuízos a outros alunos, não é possível”.

Mas Jurandir Liberal (PT) criticou a fala do colega, alegando o vereador que se diz defensor das escolas e dedica seu mandato em defesa da educação, ser favorável à limitação de gastos proposta por este governo golpista. Nenhum governo se elegeria com uma proposta como essa. Esse projeto não passaria pela população. “Nessa PEC, judiciário e Legislativo estão com seus ganhos protegidos, enquanto a educação e a saúde ficarão á míngua”.

Jairo Britto (PT) está preocupado com o colega, que ao longo do mandato sempre defendeu a educação, e de repente defende uma medida que limita por 20 anos os gastos com educação e saúde, áreas que precisam de investimentos além da inflação. Luiz Eustáquio (PSB) também criticou a fala do colega por defender a PEC e acusar estudantes de invadir escolas quando eles estão protestando legitimamente.

 

 

Em 08/11/2016 às 1fh22.