Vereadores questionam órgãos responsáveis pela BR 101

As lombadas eletrônicas na BR-101, instaladas no trecho do contorno do Recife foram debatidas ontem durante na Câmara do Recife, com representantes do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) em Pernambuco e da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) do Recife e do Consórcio Grande Recife. A iniciativa do debate foi do vereador Romildo Gomes (PSD), vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente Transporte e Trânsito. A dificuldade de tráfego na BR-101 é maior especialmente no trecho entre o município de Paulista e o bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, tendo o Recife entre as duas localidades. Para o vereador, a quantidade exagerada de lombadas eletrônicas com limite de velocidade de 50km/h vem prejudicando a fluidez do trânsito. O debate foi aberto á participação dos vereadores.

Emerson Moraes, chefe do Serviço de Engenharia do  Dnit, ressaltou que o tema envolve diversos municípios no entorno da capital, que sofrem  há dez anos com ocupações irregulares  às margens das rodovias. “A cidade cresceu e as rodovias federais ficaram dentro das cidades. Em Abreu e Lima há uma variante que não foi concluída na década de 1996 por motivos políticos. Ao longo do tempo muitos semáforos foram implantados em função dos pedestres, gerando retenção. Em 2000 foram colocados 12 semáforos o que retém mais ainda o trânsito. “Considero a passarela mais eficiente do que as lombadas, mas a maior incidência de atropelamentos é justamente embaixo das passarelas. A população não usa. Com as lombadas não foram registrados atropelamentos. Há um projeto de uma variante que poderá resolver o problema na região de Abreu e Lima”.

Manoel Damasceno, representante da CTTU, lembrou que a BR 101 é uma rodovia federal que corta a cidade em suas quatro perimetrais. “Com o crescimento da frota,m do transporte de cargas criaram-se pontos de conflito com acidentes graves. A questão é como gerenciar estes conflitos, tais como o destino da quarta perimetral, o projeto do  BRT”. Já Maria Ivana Vanderlei, representante do Grande Recife Consórcio de Transportes, avaliou que as soluções estão sendo buscadas com o projeto do BRT que transporta maior número de pessoas e diminui o tempo de embarque, a construção de mais uma variante e a intersecção entre elas”.

O vereador Carlos Gueiros (PTB)  frisou que a percepção dos presentes era a de que tudo o que havia sido dito pelos três representantes de órgãos diferentes, DNIT, federal, CTTU, municipal, e Consórcio, estadual é que há um conflito de interesses na gestão do mesmo tema. “O maior problema do Estado é a conservação das BR que passa pela competência de diversos órgãos. Pagamos IPVA e nossos veículos se quebram por falta de condições das estradas. Josenildo Sinesio (PT) disse que a mobilidade é um desafio, mas é inconcebível o que acontece na BR 101 entre Paulista e Jaboatão dos Guararapes. “É uma vergonha e não há explicação para o que acontece ali. Apenas 3 lombadas eletrônicas são reivindicação da população. Há trechos em há lombadas a menos de 1 quilômetro uma da outra. Há algo e ilegítimo nisso tudo”.

Vicente André Gomes (PSB) acredita que a lombada eletrônica ainda é uma solução melhor para diminuir acidentes, mas falta sinalização. É um assunto complexo”.  Almir Fernando (PCdoB) nossa BR 101 parece uma tábua de pirulito de tanto buraco. “Não acredito que a lombada seja solução, a passarela parece melhor e mais segura”. Mas Amaro Cipriano Maguari (PSB)  lembrou que vem reclamando dessa situação há muito tempo e que chegou a pedir informações ao DNIT a respeito dos recursos que o órgão recebe e como é aplicado.

 

Em 19.11.2012, às 18h22.