Vereadores questionam reforma política
Liberato Costa Júnior (PMDB) sugeriu que na próxima reunião plenária os vereadores possam alimentar a discussão no Congresso, observando que não há um único vereador participando da Comissão do parlamento federal. “Diversas entidades são acolhidas por essa Comissão, mas não há parlamentares municipais nela e quem conhece o povo, as filigranas das cidades são aqueles que participam de seu dia a dia”. Carlos Gueiros (PTB) ressalvou que depois de décadas de Ditadura, os deputados e senadores querem impor um retrocesso político que tanto combateram criando a lista fechada. “Não seremos mais votados, os partidos é que serão, o povo vai ser obrigado a dizer que quer o PT, PTB, PPS e os donos dos partidos dirão quem ficará. Isso é conveniente para eles”.
Almir Fernando (PCdoB) frisou que era vereador de segundo mandato e sempre que se quer mudar alguma coisa os vereadores são usados na experiência. “Os deputados pernambucanos procuraram o governador, mas ninguém procurou os vereadores. Sou contra a lista fechada mesmo que eu seja o primeiro da lista de meu partido”. Para Vicente André Gomes (PCdoB) a lista fechada é semelhante à escolha que se fazia na época das capitanias hereditárias. “Os partidos não serão fortalecidos por seus programas, porque suas práticas são diferentes. Querem que a sociedade engula goela abaixo a escolha dos caciques. Sugiro que se ampliem as audiências públicas e quem sabe criamos uma Comissão de vereadores que vá ao Congresso para que não se tire o voto nominativo”.
Sérgio Magalhães (PTC) lembrou que o assunto mexe com a classe política. Ele disse que havia aprovado requerimento para trazer parlamentares à Casa para ampliar a discussão, mas segundo ele a “bancada composta pelos deputados Carlos Eduardo Cadoca, João Paulo e Augusto Coutinho, desfilou esta semana pela cidade, estive com o governador e outras autoridades e não deu sequer um telefonema ao presidente da Câmara, embora os três tenham saído desta Casa”. O vereador sugeriu ainda que seja criada uma comissão de vereadores para ir a Brasília “pois se depender de nossos deputados não seremos ouvidos”.
Em 05.04.2011, às 18h30.