Vereadores refletem sobre movimento nas ruas
Priscila disse que o preço da passagem atinge o pobre, mas a falta de mobilidade atinge as classes médias e a produtividade da economia. Ela acha que a manifestação reflete o desejo por melhores serviços, a discordância dos gastos públicos com a Copa, e a falta de saúde e educação. “O movimento acontece ao largo dos políticos, pede melhoria de vida e que os governos gastem melhor os impostos”.
Jayme Asfora (PMDB) informou que solicitou à OAB que faça plantão de advogados para atender todas as pessoas que se sintam e forem ameaçadas ou presas. “O brasileiro quer a Copa, mas não quer andar no metrô lotado, nas ruas esburacadas, no trânsito que não anda. Cerca de 23% dos trabalhadores anda a pé porque não tem dinheiro para pagar a passagem. As pessoas estão indignadas com os políticos. É uma manifestação por muitos motivos”.
Almir Fernando (PCdoB) refletiu que se as pessoas que estão nas ruas votassem direito talvez as manifestações não estivessem acontecendo. André Régis (PSDB) lembrou que em 1980 o mundo estava estável e ninguém previu que o Muro de Berlim caíria. As pessoas estão nas ruas refletindo a necessidade de mudanças e vai refletir na corrida presidencial. “Podemos agora ter o início da era do despudor e quem sabe o país acordar”.
Michele Collins (PP) acha que a liberdade de expressão é importante e que o governo do estado avançou cortando R$ 0,10 centavos da passagem, repassando a queda da Cofins e do Pis. Lembrou, no entanto, que há muita gente se aproveitando da ocasião para particiar do vandalismo. Henrique Leite (PT) disse que movimento começou em São Paulo e lá a polícia bateu e prendeu. Ele disse que havia infliltração do tráfico de drogas, torcidas organizadas e outros movimentos, mas considera legítima a indignação popular.
Jairo Britto (PT) disse que feliz é o povo que pode vaiar seus dirigentes, pois isso mostra que são livres para se manifestarem. Raul Jungmann (PPS) informou que participou da manifestação no Rio de Janeiro e que a maioria esmagadora dos participantes é de jovens. Ele disse que chama a atenção o fato de que o movimento não tem um centro, não tem partidos, nem políticos, mas repudia a política como está colocada. Wanderson Florêncio (PSDB) disse que o momento exige reflexão, uma vez que o movimento nasceu nas redes sociais, mas alcançou as ruas com muita força. “O legado da Copa foi acordar o povo”.
Em 18.06.13, às 19h35.