Proposta de reajuste do servidor foi debatida hoje

A existência de dois ofícios do Executivo, um pedindo para que o projeto de lei sobre o reajuste do servidor seja votado em regime de urgência, com 45 dias para tramitar, e outro sem pedir a urgência, levou o vereador Carlos Gueiros (PTB) a questionar a mesa diretora sobre qual dos dois tinha validade.

A vereadora Marília Arraes (PSB) solicitou verificação de quorum. E não havendo número suficiente para votação, o presidente da Casa, vereador Vivente André Gomes (PSB) adiou a votação desta quarta-feira 25, na Câmara do Recife. Ele informou ainda que o ofício acatado pela Mesa sobre a tramitação do projeto de reajuste do servidor é o primeiro, sem pedido de urgência.

Raul Jungmann (PPS) disse que estava solidário aos servidores que desejavam o adiamento da votação. Segundo ele, não há pressa para votação de um projeto de tamanha importância. “É necessário que haja uma apreciação e debate. Por isso vou solicitar uma reunião pública para aprofundar o assunto. O Executivo quer votar agora um reajuste que só vai acontecer em novembro”.

Priscila Krause (DEM) afirmou que a Casa recebeu um pacote de projetos e cinco deles tinham pedido de urgência, mas não o do reajuste salarial. “Houve uma manobra para colocar o ofício com pedido de urgência. Essa Casa nunca abriu mão de negociar melhores condições de salário e de trabalho para os servidores”.

Aline Mariano (PSDB) acha que a mesa de negociação não pode ser fechada antes do prazo uma vez que o reajuste será concedido em novembro. “A negociação deve ir até o último minuto. A negociação é de todos os vereadores desta Casa. A bandeira do servidor é bandeira de todos nós”.

Gilberto Alves (PTN), líder do governo na Casa, afirmou que não havia nenhum projeto na pauta de votação do Executivo sobre servidor público e nem extra pauta. “Esta Casa tem tradição do debate e nunca se negou a fazê-lo. Os projetos são melhorados e ampliados quando chegam aqui. O projeto do reajuste necessita da discussão saudável. O governo continua aberto à negociação”.

 

 

Em 25/06/2014 às 16h40