Wanderson Florêncio faz homenagem ao Jornal do Commercio

O vereador Wanderson Florêncio realizou reunião solene na manhã desta segunda-feira, 23, para homenagear o Jornal do Commercio, que no dia 3 de abril completou 99 anos. “A Casa do povo do Recife não poderia deixar de enaltecer a história e contribuição do JC para a nossa sociedade; e essa longevidade orgulha a todos os recifenses e pernambucanos, sendo motivo de júbilo e de comemorações”, afirmou. A solenidade foi presidida pelo vereador Eduardo Marques (PSB), presidente da Câmara Municipal do Recife e contou com a presença do vice-presidente, vereador Carlos Gueiros (PSB).

A mesa solene foi composta pelo vice-presidente do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC), Jaime Queiroz; o diretor de Redação do Jornal do Commercio, Laurindo Ferreira; o diretor Financeiro do SJCC, Rafael Guimarães; o diretor Comercial do SJCC, Vladimir Melo; e a diretora de Mercado Leitor e Audiência do SJCC, Verônica Barros. No discurso de saudação, Wanderson Florêncio fez um resumo da história do Jornal do Commercio e disse que em 3 de abril de 1919 foi lançada a primeira edição do JC, com 12 páginas, falando sobre assuntos diversos, composto em linotipo e trazendo uma única foto na primeira página: Epitácio Pessoa, candidato a presidente da República. “Na edição constava ainda a assinatura de seus fundadores, João Pessoa de Queiroz, o proprietário do jornal; doutor Salomão Figueira, diretor; doutor Odilon Nestor, redator-chefe”, afirmou.

O vereador assegurou que na segunda edição, o JC já se apresentava arrojado e representativo, aberto às diversas tendências de opinião. “Isso foi visto em suas páginas, com um tema polêmico como foi a chamada questão social e católica, defendida pelo professor Joaquim Pimenta e rebatida por Barreto Campello, no Jornal Pequeno. Passou ainda, a ampliar seu noticiário, incluindo em sua pauta, informações da Paraíba e do Rio Grande do Norte e, em pouco tempo depois, anunciava a aquisição de moderna rotativa”, acrescentou.

Até o final dos anos 20, de acordo com o vereador, o jornal possuía o lema de “órgão independente e noticioso”, com marcante presença na comunidade pernambucana. Ele lembrou que a Revolução de 1930 foi impactante para o Jornal que apoiava abertamente a candidatura de Epitácio Pessoa e defendia as chamadas “classes produtoras” com militância político-partidária. “Esse posicionamento do jornal fez com que a chamada Aliança Liberal invadisse, empastelasse e destruísse todos os seus equipamentos, levando o seu futuro proprietário, Francisco Pessoa de Queiroz, a deixar o país e exilar-se na França, após a vitória dos seguidores de Getúlio Vargas. Nada restou da violência: máquinas e equipamentos foram quebrados, arquivos destruídos, papéis rasgados, máquinas de escrever atiradas pela janela e os tambores da impressora danificados com ácido”, disse.

Após quatro anos de exílio, Francisco Pessoa de Queiroz voltou e readquiriu o JC. Em 30 de setembro de 1934, o jornal voltava a circular, reestruturado, com nova Redação e com investimentos na área industrial. “F. Pessoa de Queiroz, como era conhecido, seguiu modernizando o jornal. Promoveu ampla cobertura da Segunda Grande Guerra Mundial, com farto noticiário das agências internacionais”, afirmou. Em 1958, O JC promoveu investimentos no seu parque gráfico, adquiriu a impressora M.A.M., importada da Alemanha, tida como uma das melhores do mundo. Assim, o jornal passou a ser mais moderno e assumiu nova roupagem, circulando com 48 páginas, atingindo neste momento, a liderança estadual e regional, como o de maior circulação no Nordeste.

Nos anos 60, relembrou Wanderson Florêncio, o JC continuou inovando e se tornou o mais moderno do Norte/Nordeste, circulando com duas edições, uma local e outra regional. Na década de 70 o JC e todo o sistema de comunicação do grupo criado por F. Pessoa de Queiroz passou por profunda crise, que só foi debelada após uma greve de funcionários, em 1987. Durante 41 dias o jornal ficou sem circular e, posteriormente, todo o Sistema de Comunicação foi adquirido pelo empresário João Carlos Paes Mendonça.

“Desde então, o periódico e todo o Sistema JC, voltaram à destacada posição no mercado de comunicação do estado e de toda região, tornando-se líder absoluto em circulação, com a marcante e reconhecida independência e profunda identidade com as coisas de Pernambuco. Líder há mais de duas décadas no Estado, o Jornal do Commercio está consolidado com a maior carteira de assinantes de Pernambuco e do Nordeste. Ao abrir o ano do seu centenário, o Jornal do Commercio possui a credibilidade e a independência como sua principal marca”, afirmou.

Ele disse, ainda, que o Jornal do Commercio e todo o sistema JC aproximam-se do seu centenário com algo muito marcante: “Não são empresas comuns, são verdadeiras instituições do povo pernambucano e recifense, não apenas pela longevidade, mas sim por fazer parte do cotidiano do nosso povo, pelos notórios serviços prestados à comunidade. O JC ao longo dos anos passou a ser fonte de registro da nossa própria história, contando dia após dia os feitos, os acontecimentos, as inquietudes, os sofrimentos, a esperança, as glórias, as conquistas e os sonhos de nossa sociedade, roteiro esse, maravilhoso, complexo e desafiador, escrito pelo tempo”.

Após o discurso, um quarteto de violinos fez apresentação e em seguida o vereador Wanderson Florêncio entregou o certificado da homenagem ao vice-presidente do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (SJCC), Jaime Queiroz. O diretor de Redação, Laurindo Ferreira, fez o discurso de agradecimento. “O tempo não para e estamos sempre preocupados em mudar. E mudar para melhor. Foi o que fizemos com as edições de domingo, no início deste mês. O Jornal do Commercio não desiste nunca. Vou citar uma frase de doutor João Carlos Paes Mendonça, publicada na edição do dia oito de abril. Ele nos disse e nos ensinou que nós do JC continuamos firmes em investir numa equipe aguerrida para servir à comunidade. Existimos por isso e é por isso que vamos continuar trabalhando”, afirmou. O cantor João Carlos, cantou uma música do compositor Gonzaguinha no encerramento da solenidade.

 

Em 23.04.2018, ás 11h25.