Wanderson Florêncio homenageia Cultura Afro Brasileira
A solenidade foi presidida pelo vereador Eduardo Marques (PSB), também presidente da Câmara Municipal do Recife; e a mesa foi composta pela coordenadora do Centro Mulher da Prefeitura do Recife, Fernanda Costa Lima e o componente do Maracatu Nação Pernambuco, Bernardo Contramestre, “A principal influência da música africana no Brasil é, sem dúvida, o samba. O estilo hoje é o cartão postal musical do país e está envolvido na maioria das ações culturais da atualidade. Além do samba, a influência negra na cultura musical brasileira vai do maracatu à congada, cavalhada e moçambique. Sons e ritmos que conquistaram os recifenses”, ressaltou Wanderson Florêncio.
O vereador lembrou que os aspectos da cultura brasileira de origem africana ainda que tenham sido desvalorizados na época colonial e no século 19, passaram por um processo de revalorização a partir do século 20. “As religiões, afro brasileiras constituem um fenômeno relativamente recente na história religiosa do Brasil. O candomblé, a mais tradicional dessas religiões, se originou no Nordeste. Com raízes africanas, a Umbanda também se popularizou entre os brasileiros”, lembrou o vereador. Ele ressaltou que os rituais africanos, no final do século 19 e início do 20 eram discriminadas como expressões culturais. “Porém, foi no começo do século 20 que essas manifestações passaram a ser aceitas em todas as suas dimensões no território brasileiro”, disse.
Em seguida, Wanderson Florêncio lembrou que a nossa gastronomia é influenciada pelos ancestrais africanos e destacou comidas que fazem parte da mesa brasileira como o vatapá, acarajé, caruru, mungunzá, sarapatel, cocada, bala de coco etc. O vereador sublinhou que a cultura afro-brasileira influencia não só a cultura, mas também as artes e o nosso próprio dia a dia.
Ao final do discurso, o grupo Bacnaré fez uma apresentação de música e dança botsuana. Os diplomas foram entregues aos 30 homenageados e a cantora Gracinha do Samba cantou a música Sorriso Negro, de Dona Ivone Lara, acompanhada dos bailarinos Michele Ferraz, Cláudio e Fabíola Sobral. O Grupo Raízes encerrou as apresentações culturais. Bernardo fez o discurso de agradecimentos e disse que “nós lutamos diariamente para manter esta cultura de pé. A luta e a resistência do povo negro são as palavras mais presentes do dia a dia do povo negro”, disse.
Em 04.10.2017, às 12h35.