Dia Municipal do Caboclinho e da Tribo de Índio é celebrado na Câmara do Recife
Ao ocupar a tribuna da Casa de José Mariano para tecer suas considerações, o vereador Almir Fernando lembrou que é de sua autoria duas leis que valorizam a cultura indígena. A lei municipal número 18.324/2017 – que institui o Dia Municipal do Caboclinho e da Tribo de Índio (19 de abril) no Recife e a lei municipal número 18.460/2018, que denomina os Caboclinhos e as Tribos de Índios como Patrimônio Artístico e Cultural do Recife.
Ele disse que a solenidade ressalta “a importância dessas agremiações carnavalescas no resgate da cidadania e da dignidade de muitas crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, bem como no impacto na economia da cultura”.
Ele destacou que o trabalho dos brincantes vai além do incentivo ao carnaval e à cultura e se configura como uma importante ferramenta de ação social. “Crianças, jovens e adultos se envolvem a ponto de tornar-se a agremiação uma extensão de suas famílias, cujo principal objetivo é a união, o respeito ao próximo, a cordialidade, incentivando o companheirismo e a amizade”.
Almir Fernando fez questão de lembrar de Perré, “descendente indígena, proveniente da Paraíba que influenciou o surgimento de diversos outros grupos no nosso Estado. Deixou-nos como legado, inclusive, um tipo de dança executada pelos caboclinhos e pelas tribos de índios com seu nome”.
Em seguida, o coordenador do Escritório do Ministério da Cultura em Pernambuco, Anildomá Wiliians de Souza, também fez um discurso e enalteceu a importância da solenidade. “Hoje nós precisamos de verdade nos voltar para as nossas raízes, para as nossas matizes, para a nossa cultura. Nossa Cultura histórica. Sem perder de vistas, evidentemente, as novas linguagens e as novas manifestações urbanas que ajudam a compor essa colcha de retalhos que somos nós, pernambucanos”.
Ele defendeu a realização de eventos assim em todo o Estado, durante o ano inteiro para que as pessoas tenham esse reconhecimento e para que se destaque esses valores artísticos e culturais. Falou também da necessidade da criação de políticas públicas que reúnam municípios, estado e Governo Federal para conceder incentivos.
A opinião foi compartilhada com a gerente de Políticas Culturais da Secretaria de Cultura de Pernambuco, Wanessa Santos, que representou a secretária de Cultura do Estado, Cacau de Paula. Ela afirmou que a reunião solene é também um momento para celebrar e refletir. “Trazer à reflexão a importância dessas manifestações para que a gente possa ampliar, não apenas para quem brinca nas tribos de índios e nos caboclinhos, mas também para quem é expectador da brincadeira e para quem a admira”.
Para ela é necessário pensar que “essas manifestações existem durante todo o ano e resistem, porque eu sei que é difícil”, por isso, defendeu também reunir os entes federativos para “garantir que essas manifestações permaneçam vivas”.
Em seguida, ocorreu uma belíssima apresentação cultural reunindo crianças, mulheres e homens que representavam as agremiações presentes no plenário da Câmara Municipal. Eles encheram o espaço do colorido de suas vestimentas, do compasso de suas danças e vigorosas coreografias, acompanhadas pelo estalido das preacas (uma espécie de arco e flecha de madeira).
A mesa de honra da solenidade também foi composta pelo coordenador do Concurso de Agremiações Carnavalescas do Recife, Albemar Araújo, que representou o secretário de Cultura do Recife, Ricardo Mello; o presidente da Associação Carnavalesca dos Caboclinhos e Índios de Pernambuco (Accipe), Erivaldo Francisco de Oliveira,
- Agremiações Homenageadas – CABOCLINHOS (2024)
Grupo Especial:
1- Campeão: Caboclinho Tribo Indígena Tupã (Recife)
2- Vice-Campeão: Caboclinho União 7 Flexas de Goiana
3- 3º lugar: Tribo Indígena Carijós (Recife)
Grupo 1:
4- Campeão: Tribo Caboclinho Tupinambá (Jaboatão)
5- Vice-Campeão: Caboclinho Tupynambá (Goiana)
6- 3º lugar: Tribo Indígena Caboclinho Tainá (Recife)
Grupo 2:
7- Campeão: Tribo de Caboclinho Candidé de Cavaleiro
8- Vice-Campeão: Caboclinhos 7 Flexas (Recife)
9- 3º lugar: Tribo de Caboclinho Caripós Mirim (Recife)
Grupo de Acesso:
10- Campeão: Tribo Indígena Caboclinho Flexa Dourada (Recife)
11- Vice-Campeão: Caboclinho Aurora Canindé (Goiana)
12- 3º lugar: Caboclinho Caetés de Camaragibe
Agremiações Homenageadas – TRIBOS DE ÍNDIOS (2024)
Grupo Especial:
13- Campeã: Índio Tabajaras de Goiana
14- Vice-Campeã: Tribo Indígena Orubá (Goiana)
15- 3º lugar: Tribo de Índios Tupiniquins (Recife)
Grupo 1:
16- Campeã: Índio Canidé Brasileiro (Itaquitinga)
17- Vice-Campeã: Tribo de Índio Tupinambá (Recife)
18- 3º lugar: Tribo de Índio Tupi Guarani (Recife)
Associações Homenageadas
* Associação Cultural de Caboclinhos de Goiana e Índios (ACCGI)
* Associação Carnavalesca dos Caboclinhos e Índios de Pernambuco (ACCIPE)
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Em 23.04.2024