Aerto Luna realiza reunião solene para divulgar Campanha da Fraternidade

Sob a coordenação do presidente da Câmara Municipal, vereador Eduardo Marques (PSB), a reunião solene reuniu dezenas de fiéis católicos. A mesa solene foi composta pelo arcebispo; pelo vereador Aerto Luna; Joselma Maria; pelo representante da Pastoral para a Ação Social, Fábio Santos; e pela presidente do Instituto de Assistência Social Dom Campelo (Iasdoc), Francisca Graças de Jesus, que na reunião representou todas as freiras do Brasil. Após a execução do Hino Nacional, que é de praxe nessas solenidade, Aerto Luna, representante católico na Câmara Municipal do Recife, ocupou a tribuna para fazer o discurso de saudação.

Luna destacou a importância de a sociedade se engajar na discussão da Campanha para promover as transformações sociais e comunitárias na cidade, além de defender a vida com compromisso solidariedade e amor ao próximo. “Dom Fernando Saburido nos ensina que a Campanha contém três partes. A primeira é o olhar sobre a realidade. O tipo de olhar que descuida da vida das pessoas é, com certeza, a responsável pela situação que vemos em nossa cidade, a desigualdade social, que gera injustiças, a violência, o assassinato de tantas mulheres, jovens negros entre outros”, observou.

O vereador ressaltou que a segunda parte do entendimento do arcebispo sobre a Campanha, convida à compaixão de Jesus “que nos leva à solidariedade responsável, quebrando a indiferença e a insensibilidade”. Na terceira parte, disse ele, é o agir. “Devemos levar até as últimas consequências as iniciativas que mudem este cenário de dor. Graças a Deus já há uma rede de solidariedade com esse propósito”. Ele citou como exemplo de solidariedade os grupos que saem às ruas para distribuir sopa, além de levar a Palavra de Deus e o calor humano aos mais carentes; a Pastoral do Povo de Rua, da Arquidiocese, e a futura Casa da Pão. “Todos esses sinais são elementos que a Campanha da Fraternidade quer despertar em nós, especialmente neste tempo litúrgico tão forte, que é a Quaresma”.

Aerto Luna parabenizou a Igreja Católica, na figura do arcebispo, dom Fernando Saburido, que “faz um belíssimo trabalho sempre acolhendo, escutando e ficando cada vez mais próximo dos mais necessitados”. Nesse sentido, citou a Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Boa Viagem, que em 2017 inaugurou o Restaurante Papa Francisco, que oferece diariamente jantar para os moradores de rua. No âmbito do poder público, Aerto Luna ressaltou que o prefeito Geraldo Julio também tem dado importantes contribuições à população mais necessitada. “O prefeito cumpriu um sonho de milhares de recifenses e trouxe assistência à população mais vulnerável para combater a pobreza e estimular a geração de renda”, disse. Citou o CREAS POP como “um serviço oferecido às pessoas que utilizam as ruas como espaço de moradia e sobrevivência”.

Um vídeo oficial da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)  foi apresentado no plenário com imagens que se inseriam dentro do lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”. A produção do vídeo estimulou ações de compaixão e misericórdia, lembrou as ações da Santa Dulce dos Pobres e também exibiu o Hino da Campanha da Fraternidade deste ano. O arcebispo dom Fernando Saburido, em seu discurso, disse que “nossa maior inspiração para a campanha deste ano é o ensinamento deixado pela primeira brasileira canonizada, Santa Dulce dos Pobres, freira baiana, que dedicou sua vida aos pobres e doentes.

Segundo ele, a Campanha da Fraternidade traz um tema muito prático, que é a necessidade de ajudar as pessoas, sobretudo as que estão precisando de assistência à saúde.  “Por isso, é importante que esta Câmara Municipal, que já vem realizado esta reunião solene há vários anos, promova mais uma vez esta solenidade. Aqui é a casa do debate”, ressaltou. Dom Saburido observou, ainda, que “há mais de cinco décadas, a Campanha anuncia a importância de não se separar conversão e serviço à sociedade e ao mundo”.

No Brasil, a Campanha da Fraternidade começou na década de 1960, quando três padres idealizaram uma ação que tivesse como objetivo arrecadar fundos para atividades assistenciais. Foi realizada pela primeira vez, em 1962, em Natal (RN). Já no ano seguinte, 16 dioceses do Nordeste aderiram a campanha. Não conseguiu êxito financeiro, mas despertaram o interesse em todo o País. Em 1964 a CNBB lançou e divulgou a Campanha da Fraternidade com abrangência nacional. A cada ano, um tema é destacado pela Campanha da Fraternidade, que já refletiu sobre realidades muito próximas dos brasileiros: família, políticas públicas, saúde, trabalho, educação, moradia e violência, entre outros enfoques.


Em 04.03.2020, às 18h09