Ivan Moraes sugere medidas para reduzir impacto econômico durante pandemia

Ao elogiar as medidas de prevenção tomadas pela Câmara Municipal para conter o avanço do novo coronavírus no Recife, o vereador Ivan Moraes (PSOL) apresentou sugestões que, em seu entendimento, podem reduzir os impactos econômicos durante o tempo de duração da endemia. “Estamos numa época em que a solidariedade não é mais uma opção. Para evitar que a doença se alastre e cause mortes é preciso que todos nós nos unamos, independentemente de ideologia, para exercitar a solidariedade”, disse , na reunião ordinária desta segunda-feira (16).

Ivan Moraes parabenizou as medidas tomadas pela Comissão Executiva e que foram anunciadas em plenário na tarde desta segunda-feira pelo presidente da casa de José Mariano, vereador Eduardo Marques (PSB). “É importante que esta Casa adote as medidas para mostrar que não compactua com a ideia de que a doença não é um mero boato, nem uma conspiração internacional. Mas um problema sério que causará impactos na economia e no sistema de saúde”, afirmou. O vereador também criticou o presidente da República que esteve nas manifestações políticas de domingo, sem considerar as recomendações das autoridades de saúde.

Entre as sugestões apresentadas por Ivan Moraes estão a agilização do pagamento de cachês dos artistas que trabalharam durante o Carnaval no Recife;  garantia de sobrevida das pessoas doentes que dependem de remédios retrovirais nas unidades de saúde públicas; apresentação, por parte da Prefeitura do Recife, da economia que fará ao suspender os grandes eventos culturais e artísticos; municiar os agentes de saúde de informações sobre o novo coronavírus; garantia, por parte de empresários, que vão pagar o salário de funcionários durante o período da quarentena; aumento do número de viagens nas linhas de ônibus para reduzir aglomerações, entre outras.

Grande expediente — No grande expediente, período da reunião plenária destinado a debates de até 15 minutos, o vereador retomou o assunto para frisar os pedidos feitos mais cedo. Ele criticou, ainda, o comportamento do presidente Jair Bolsonaro em relação ao caso. "Que fique negritado que, mais uma vez nesta tribuna, eu pedi que o presidente da República seja retirado do cargo. Mais uma vez, ele cometeu um crime, quando ele, sabendo ser suspeito de estar infectado, participou de uma manifestação e apertou as mãos de pessoas, contrariando ordem tanto do Ministério da Saúde quanto da Organização Mundial da Saúde. O meu partido, o PSOL, está entrando com uma representação junto à OMS contra o presidente."

Em um aparte, o líder do governo municipal na Câmara, Eriberto Rafael (PTC), também demonstrou preocupação com as atitudes de Bolsonaro. "Não dá para entender o que ele busca. A Prefeitura apresenta um plano de contingenciamento [do novo coronavírus], um pedido de socorro de R$ 92 milhões. Se o presidente trata isso como uma brincadeira, como vamos poder contar com esse suporte? Precisamos olhar para as pessoas que mais precisam do poder público. Precisamos do Governo Federal neste momento para que esse plano saia do papel."

Em 16.03.2020, às 16h45.

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