Ana Lúcia discorda da falta de tratamento diferenciado a instituições religiosas na quarentena

O decreto, anunciado na manhã da última segunda-feira (11), compreende os municípios do Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e São Lourenço da Mata, que deverão guardar quarentena entre os dias 16 e 31 de maio. As novas políticas de isolamento social incluem restrições a circulações de veículos, maior fiscalização do comércio e redução da circulação de pessoas – que deverão apresentar documentos e motivo de natureza essencial para sair de casa.

“Concordamos que seja mais rígido”, disse Ana Lúcia em seu pronunciamento, realizado por meio de videoconferência. “Mas não estamos pedindo para abrir igrejas e fazer cultos com um número infinito de pessoas. Estamos pedindo o direito de o sacerdote ter acesso ao necessitado. Nós, pastores e lideranças, podemos contribuir muito, dizendo para que nossos membros e frequentadores fiquem em casa, que se cuidem.”

A parlamentar também destacou o trabalho de caridade desenvolvido por instituições religiosas. “São 18 milhões de pessoas que não tiveram benefícios [emergenciais] concedidos. Tem pessoas que não têm filhos na rede municipal para receber alimentação. Gente que não está no Cadastro Único. Morrerão de fome?”

Em um aparte, a vereadora Michele Collins (PP) concordou com a colega. “Não é de hoje que caminhamos juntas. É muito importante a nossa união e o nosso olhar. Alguns não entendem o porquê. A gente sabe do valor de uma palavra que restaura, que levanta. A igreja tem essa essência e é isso que temos levado para as pessoas.”

Em 12.05.2020, às 15h55