Comissão de Direitos Humanos debate proteção a crianças e adolescentes durante pandemia
As adequações do trabalho das entidades durante o período de isolamento, o caso de crianças e adolescentes em situação de rua, o atendimento a crianças de comunidades imigrantes e o aumento de casos de abuso e violência doméstica foram alguns dos tópicos abordados no encontro.
“Estamos vendo que tem muito trabalho. Deu para perceber um pouco como está a situação da criança e do adolescente na cidade. O Comdica está em atividade com as organizações escolhidas para receber recursos. Os Conselhos Tutelares estão funcionando. É importante saber que nossa cidade tem pessoas que trabalham de verdade”, disse Michele Collins ao fim da reunião. Além dela, participou do encontro o vereador Ivan Moraes (PSOL), que é vice-presidente da Comissão.
Membros da organização "De Braços Abertos" e conselheiros tutelares de cinco Regiões Político-Administrativas da capital deram depoimentos sobre o funcionamento do trabalho de proteção a crianças e adolescentes durante o período de enfrentamento à covid-19. Além deles, participaram da reunião a chefe de Divisão dos Centros Pop, Camila Borges – que representou a Prefeitura do Recife –, além do presidente e a vice-presidente do Comdica, Armindo Nascimento e Ana Farias.
Os Centros Pop atuam no atendimento à população em situação de rua do Recife. Segundo Camila Borges, há atualmente 358 crianças vivendo dessa forma na capital. Durante a reunião, ela explicou como os profissionais desses centros e do Serviço Especializado em Abordagem atuam no cenário atual. “Fizemos ações de vacinação nos territórios. Ficamos preocupados com as famílias sem cadastro no Bolsa Família, já aquelas que estavam no CADÚnico receberiam cestas básicas. Procuramos as 70 famílias nessa situação para entregar as cestas. Hoje, a rede municipal de crianças e adolescente têm vagas de acolhimento, mas por várias situações há adolescentes que não aceitam. Buscamos ações de sensibilização para eles, mas repensamos porque havia aglomeração”.
A necessidade de integração agora e após o fim da pandemia foi frisada por Ana Farias. “É preciso pensar no que está acontecendo na conjuntura nacional. Há dificuldades com os recursos, há divergências de opinião em relação aos encaminhamentos contra a covid-19. Isso rebate no que está acontecendo agora e nas consequências que virão. Faço um chamado por uma união de forças. Precisamos fazer um enfrentamento coeso, único”.
Em 25.05.2020, às 16h48