Luiz Eustáquio aborda circulação de religiosos após decreto de quarentena

Mesmo considerando que o isolamento social é uma medida correta, neste momento de pandemia, o vereador Luiz Eustáquio (PSB) afirmou não concordar com alguns pontos do decreto do governo do Estado para a quarentena em Recife e mais quatro municípios da Região Metropolitana - Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e São Lourenço da Mata. Durante a reunião extraordinária da Câmara Municipal, realizada por videoconferência, na manhã desta terça-feira (12), ele disse que “não dá para baixar um decreto desses e não levar em consideração as igrejas. Há um trabalho especifico que os sacerdotes fazem”.

O decreto do governo restringe o  trânsito de veículos, aumentando a fiscalização em estabelecimentos comerciais e reduzindo a circulação de pessoas. Segundo Luiz Eustáquio estas medidas estão correntas, no entanto deveriam incluir um tratamento diferenciado para com as igrejas. “É preciso garantir o essencial e as diferenças”.  Para tanto, ele destacou dois pontos: o primeiro é que os sacerdotes tenham o direito de deslocamento, previsto no decreto e o outro,  que os trabalhos desenvolvidos pelas igrejas continuem ocorrendo, respeitando o número de pessoas permitido atualmente,  que é de até dez pessoas.

O vereador  justificou  o seu posicionamento, enaltecendo o trabalho que algumas igrejas realizam na distribuição de gêneros de primeira necessidade aos menos favorecidos. “Se a igreja tiver que parar, muita gente vai passar fome, porque o poder público sozinho não dá conta. Isso é uma realidade”. Segundo o decreto, as medidas restritivas serão implantadas no período de 16 a 31 de maio. A partir desta terça-feira (12) até o dia 15, apenas em caráter educativo.

“As igrejas estão fazendo um grande esforço. Não pensem que é algo simples querer ir à igreja e não poder”, lamentou o parlamentar. Por último, ele sugeriu que a Câmara intermediasse uma conversa com o governo do Estado sobre o assunto. Mas o vereador Aerto Luna (PSB), primeiro vice-presidente da Casa, explicou que o correto é o vereador preparar um requerimento sobre o tema para ser apresentado, discutido e votado na Casa.

 Aerto Luna também  afirmou que entedia a preocupação do colega e subscrevia a importância da religiosidade,  neste momento, mas destacou que a Comissão Executiva trata de assuntos administrativos. “Este tipo de matéira  tem que vir através de um requerimento para ser endossado pela Casa”.

 

Em 12.05.2020