Rinaldo Junior rebate acusações feitas à PCR

O vereador Rinaldo Junior (PSB) rebateu com veemência as críticas dos colegas e políticos de outras casas legislativas sobre os gastos empenhados para o combate ao coronavírus pela Prefeitura do Recife e foi acompanhado por diversos vereadores. Ele disse na tarde desta terça-feira (19), durante reunião ordinária, da Câmara do Recife, por videoconferência, que por má fé ou por falta de conhecimento, estavam divulgando valores empenhados, R$ 670 milhões, sem comparar com os valores liquidados, cerca de R$ 270 milhões. Pior ainda. Esses números distorcidos da realidade foram comparados com cidades como São Paulo, que teria gasto menos do que Recife. “Pelo contrário, a PCR anunciou em fevereiro cortes orçamentários de R$ 230 milhões e já entregou sete hospitais de campanha”.

Ele disse que era preciso ser didático para restabelecer a verdade e que empenhado não é liquidado, isso só depois do efetivo pagamento. Para ele, estão confundindo orçamento com empenho que é o garantidor de que o recurso existe, mas não necessariamente vai ser usado. “Entrei no portal da Prefeitura e constatei CNPJ das empresas, empenhos, valores, entre outros. Vale dizer que a ONG Contas Abertas considerou o Portal da Prefeitura do Recife o melhor do país”.

João da Costa (PT), que já foi prefeito do Recife, disse que podia falar com propriedade sobre o assunto, afirma que o debate deve ser técnico e que está sendo politizado, especialmente por Bolsonaristas. Segundo ele, a narrativa que está sendo construída é que vereadores da base do governo estão sendo coniventes com a corrupção e mais ainda, como quer Bolsonaro, governadores e prefeitos com este mesmo pensamento; dizem que valorizam a pandemia para praticar corrupção, e o pior, ainda, colocar a culpa no Hospital do Câncer e no Imip.

Augusto Carreras (PSB) ressaltou que a Prefeitura e seus secretários estão tomando decisões a todo momento e precisam de agilidade. Afirmou que a Prefeitura está agindo com seriedade e procurando diminuir os efeitos da pandemia. “O valor gasto precisa ser avaliado,  se merece ou precisa de mais ainda. Estamos falando de salvar vidas”.

Samuel Salazar (MDB) acha que os parlamentares devem acompanhar aos debates que são firmados na Casa, através da Comissão Especial Interpartidária de Acompanhamento ao Coronavírus que está fiscalizando, trazendo secretários e técnicos para dar explicações. “É preciso parar com as fake news criadas dentro da própria Câmara.”

Aline Mariano (PP) acrescentou que está sendo vítima de ataques pelas redes sociais e que procurou a Delegacia de Crimes pela Internet  para tomar providências. Concorda que a Comissão Especial da Casa está fiscalizando.

Eriberto Rafael (PP) líder do governo na Casa acha que não dá para comparar prefeituras e que é preciso ter os dados em mãos. Os contratos dizem respeito à aquisição de bens. Disse ainda que viu todos os contratos no Portal.  Para ele, há equívocos nas informações divulgadas. “Trata-se claramente de politização dos fatos com objetivos eleitoreiros. Temos de fiscalizar e dar informações corretas à população”.

Ivan Moraes (PSOL) acha que o acesso ao Portal é difícil e que é preciso especificar valores, contratos, liquidações, empenhos de forma clara. “Cerca de 84% das despesas estão saindo do Fundo Municipal  da Covid-19. A tentativa de desviar o foco do debate, leva à politização e a única maneira que a PCR tem para combater é dar transparência aos números”.

 

Em 19.05.2020 às 16h06.