André Régis é contra retirada de busto em ponte do Recife
André Régis fez longa explanação recorrendo à história para solicitar vista ao requerimento. Ele argumentou que a história é controversa, mas que permitir a retirada do busto do Marechal seria abrir precedente para retirada de outros monumentos do passado. “Trata-se de obscurantismo e não cabe a este Poder dizer quem teve ou não razão”.
Ele chamou a atenção para o momento atual, em que vivemos uma pandemia, com a morte de mais de 50 mil brasileiros e criticou a volta ao passado, a 1964, “dentro de uma perspectiva de polarização e de radicalismo”. Afirmou ainda que os historiadores são contra a reabertura do passado e de feridas causadas a muitos brasileiros de várias tendências, de várias partes."A minha família até hoje é marcada pelo atentado terrorista de 25 de julho de 1966, no Aeroporto dos Guararapes que levou a vida de meu tio, Edson Régis, jornalista e poeta”.
André Régis acredita que a retirada do busto é falta de foco e salientou ainda que a trajetória do Marechal Castelo Branco foi importante porque determinou uma reforma nas Forças Armadas, impedindo que as mesmas participassem de política. Além disso, ele teria lutado contra o fascismo na Itália.
Renato Antunes (PSC) concordou com o pronunciamento do colega e disse que se requerimento não tivesse tido pedido de vista, votaria contra o mesmo, por entender que é simplismo revisar a história dessa forma, sem diminuir o instrumento do requerimento. “A história é fruto da contradição. Se retirar o busto da ponte, vamos colocar o quê no lugar, uma indagação pertinente. Não podemos retirar historicidade do Recife, votaria contra para não manchar a história do Recife, que serve para refletir sobre erros e acertos”.
Em 22.06.2020 às 11h53.