Comissão de Planejamento e Obras recebe Ademi
Rodrigo Coutinho pontuou que o setor faz parte dos quatro maiores motores da economia, ressaltando que dá oportunidade de trabalho a muitos profissionais que não conseguiram se qualificar. Também frisou que o transporte coletivo preocupa, bem como em que momento a construção poderá se recuperar sem causar desemprego de monta. Augusto Carreras disse que preocupação é com o planejamento para a convivência com a covid-19. O vereador indagou se houve tratativas com o Governo sobre a questão do transporte público, pois havia informações de que 50% da frota estaria rodando e com a volta pode chegar a 70%.
A vereadora Ana Lúcia ressaltou que concorda com os colegas que foi equivocada a paralisação do setor, mas estava preocupada com trabalhadores que devem ter na faixa dos 50 anos e que talvez não tenham alimentação razoável. Também disse que há muita desinformação nas comunidades. Ela questionou se o ano de 2020 estaria perdido para o setor.
Já o vereador André Régis sugeriu que a cartilha da Ademi fosse virtual e distribuída, disse também que vai pedir voto de aplauso para a Associação e para o Sinduscon, sindicato da Indústria da Construção Civil. Ele também considera equivocada a paralisação do setor, informando que só três estados haviam suspendido as atividades do setor, Pernambuco, Ceará e Piauí.
Gildo Vilaça confirmou que o resto do país continuou trabalhando de forma organizada e segura. Disse que os protocolos de segurança evoluíram ao longo do tempo e que o setor já tem essa expertize . Segundo ele, há 60 mil trabalhadores e 570 obras. Desse total 20 mil continuaram trabalhando. Dos que continuaram trabalhando apenas 10% contraiu a covid-19. Foram mapeados 500 funcionários e destes 33 foram hospitalizados, e oito vieram a óbito.
O presidente da Ademi considera que a volta de 50% dos 40 mil que estão parados é muito pouco, mas que é possível que a volta total seja antecipada. Ele disse que nos canteiros os trabalhadores recebem palestras sobre segurança, higiene e condições seguras. “Há mais de 20 anos temos segurança do trabalho nas obras, com inúmeras palestras sobre alcoolismo, tabagismo e doenças sexualmente transmissíveis”.
Gildo Vilaça disse que o setor aqui em Pernambuco recebe cerca de 85% de financiamento da Caixa Econômica Federal. Para ele faltam parcerias privadas para dar fôlego ao capital de giro. A volta da construção, segundo ele, vai girar a roda da economia porque outros setores vão voltar a ativa como bares e restaurantes.
Em 09.06.2020 às 18h15.