Michele Collins comenta votação sobre abuso do poder religioso
“A informação tem preocupado muito as pessoas que militam no conservadorismo e nas causas também ligadas a religiosidade. Sim, porque representamos um segmento da população. E gostariamos de, cada vez mais, ter o nosso direito garantido de estar representando este seguimento. Além de termos respeitados as nossas convicções, principios e valores que são invioláveis, intocáveis”, destacou a parlamentar.
Segundo Michele Collins, o relator do caso, ministro Edson Fachin, menciona em seu voto obras como “Institutas da Religião Cristã”, de João Calvino, “A Nobreza Cristã da Nação Alemã Acerca do Melhoramento do Estado”, de 1520, de Martinho Lutero, dentre outros livros. Além de dois documentos: “A Declaração Atual de 2016 do 10º Congresso de Teologia Nova Vida” e “A Eleição 2018 - Carta Aberta à Igreja Brasileira”.
“Então, nós vemos claramente, aqui, uma tentativa de perseguição religiosa aos politicos cristãos. Isto é muito sério e não vamos deixar que isso aconteça. Não vamos permitir. Já existe uma grande mobilização da sociedade cristã, católica e evangélica, que entende a importância da liberdade”, salientou.
A vereadora afirmou, ainda, que “não pode haver abuso de forma alguma” e lembrou que a legislação eleitoral já pune o abuso de poder político, o abuso econômico e dos meios de comunicação, assim como a propaganda política em templos e a doação financeira a politicos por parte das igrejas. “Mas o que se quer agora é punir a influência de pastores e líderes evangélicos no processo eleitoral. Tal medida se aprovada colocaria na mão de agentes de Estado a avaliação da consciência religiosa”, lamentou.
Ela finalizou o pronunciamento lembrando que existem lideranças políticas que nasceram no meio sindical, de universidades, entre outros. “ E por que agora tentar cercear o direito do povo cristão de também escolher os seus representantes baseados nas suas crenças e valores?, questionou.
Em 30.06.2020, às 13h54. Revisada em 1º.07.2020