Rodrigo Coutinho comenta relaxamento de quarentena para a construção civil

O vereador Rodrigo Coutinho (SD) proferiu um discurso nesta terça-feira (2) para abordar o plano de abertura da economia pernambucana, após o período de quarentena mais restrita imposta no Estado entre os dias 16 e 31 de maio. Durante a reunião ordinária da Câmara do Recife, realizada por videoconferência, o parlamentar comentou em especial a situação da construção civil. De acordo com ele, as propostas de liberação para o setor ainda são insuficientes para atender os anseios do setor.

Construção civil e comércio atacadista serão os primeiros a retomar atividades em Pernambuco. O retorno acontece a partir do dia 8 de maio, mas com a adoção de novos protocolos de funcionamento. No caso da construção civil, será permitida a volta de até 50% dos funcionários de cada obra. Mas os horários de operação variam: enquanto no interior não haverá restrições nesse sentido, na Região Metropolitana do Recife as empresas terão que se limitar à faixa de horário que vai das 9h às 18h.

“Acredito que já é um certo alívio para aqueles empresários e trabalhadores que dependem da construção civil, sobretudo porque vão poder retomar suas atividades na próxima segunda-feira. Mas a construção civil tem algumas premissas adotadas há muito tempo. No seu dia a dia, ela tem uma carga horária que vai das 7h às 17h. O horário das 9h às 18h se aproxima daquele dos demais segmentos, e na medida em que eles retornarem vai ficar tudo muito conturbado”, disse Coutinho.

A limitação do número de funcionários também foi criticada pelo vereador. “É a obra que dita o efetivo. A obra na fase de fundação demanda menos gente. Já a obra na fase de acabamento demanda mais”.

Em um aparte, André Régis (PSDB) concordou com o colega. “O setor da construção civil não ficou satisfeito com a abertura parcial de 50%. É necessário que haja a devida confiança do segmento para que ele faça o sistema de proteção ao trabalhador”.

O vereador Amaro Cipriano Maguari (PP) falou sobre o impacto da restrição de horário ao funcionamento de setores como o de alimentação, que fornece serviços para empresas de construção civil. “Nos armazéns, às 7h já começam a fazer entregas para a construção civil. Esse horário das 9h às 18h é inviável, pois diminui a produção e sacrifica o trabalhador”.

Já o vereador Hélio Guabiraba (PSB) afirmou que, mesmo com as restrições da pandemia, é preciso fazer concessões ao setor de construção civil. “A economia precisa se reerguer, mas isso também precisa ser detalhado da melhor forma nesse tempo de pandemia. Estamos em casa há quase 90 dias. Às vezes, procuramos tempo para fazer uma reforma em casa e esse tempo poderia ser agora”.

Em 02.06.2020, às 14h23