Almir Fernando discute saneamento, transporte e desemprego durante pandemia

Diversos temas relacionados ao impacto da covid-19 na vida da população foram abordados pelo vereador Almir Fernando (PCdoB) durante a reunião ordinária remota da Câmara do Recife. A necessidade de melhorar o saneamento do país após a descoberta de traços do novo coronavírus em sistemas de esgoto, os cuidados com um transporte público já deficiente e o aumento dos números de desemprego foram destacados pelo parlamentar.

Sobre o saneamento, Almir Fernando falou a respeito da sanção do novo marco legal do saneamento, na semana passada, e sobre as previsões de investimento no setor para os próximos anos. “A previsão é que, até 2033, saiam R$ 600 bilhões para serem gastos em todo o Brasil”.

Sobre o transporte público, o vereador repercutiu um discurso sobre o assunto proferido pela vereadora Ana Lúcia (Republicanos) um pouco antes de seu pronunciamento. Ele afirmou que as aglomerações de pessoas nos veículos,  que devem ser evitadas para prevenir infecções de covid-19, continuam sendo um problema na cidade. Além disso, criticou empresas pela retirada de linhas que atendem a população da Zona Norte da capital.

“Parece que o Consórcio Grande Recife não manda no transporte, quem mandam são as empresas. A empresa Caxangá está deitando e rolando, como diz o popular. Vínhamos cobrando a volta da linha da rua José Amarins dos Reis e tivemos a grata surpresa de que ela retornou. Mas foi com um ônibus só”, relatou.

Almir Fernando usou algumas  empresas de ônibus como exemplo negativo ao tratar da questão do desemprego. “Tiraram fiscais. Agora, tiram os cobradores. Os motoristas fazem dupla função”.

Em um aparte, o vereador Amaro Cipriano Maguari (PSB) disse que os efeitos adversos da pandemia são sentidos especialmente pelos mais pobres. “Essa pandemia prejudicou toda a sociedade, mas os mais carentes ainda mais. Quem pode fazer quarentena sem ter o que comer dentro de casa?”

Já o vereador André Régis (PSDB) deu sua opinião a respeito dos ônibus sem cobradores. “Em Genebra, você entra no ônibus e não tem cobrador. Todo cidadão compra sua passagem, a confiança é nele. Em outras cidades, como Nova York, o indivíduo entra no ônibus, paga a passagem ao motorista e entra. Por que o motorista de Nova York consegue e o do Recife não? A base é a educação”.

Em 20.07.2020, às 14h34