André Régis recorda atentado no aeroporto e lamenta retirada de placa do local

O aniversário da morte do jornalista, poeta e escritor Édson Régis, vítima de um atentado terrorista, no aeroporto dos Guararapes, há 54 anos, levou o vereador André Régis (PSDB) a recordar o fato, nesta segunda-feira (27), e lamentar que uma placa tenha sido retirada do aeroporto, em homenagem às vítimas do atentado. Ele lembrou, durante a reunião ordinária na Câmara do Recife, transmitida por videoconferência, que Édson Régis tinha sido designado pelo governo para recepcionar o Marechal Costa e Silva e uma bomba explodiu no local, atingindo-o. “Foi colocada uma placa em memória das vítimas repudiando todo e qualquer ataque terrorista. E a placa ficou até o ano de 2003. Desapareceu, nunca foi recolocada e não se sabe onde a placa foi parar”.

André Régis recordou que o fato ocorreu em 25 de julho de 1966 e interrompeu a vida promissora de um homem aos 43 anos de idade. Ele disse que  irá elaborar um requerimento visando a recolocação da placa ou outra de igual teor no local porque  repudia o terrorismo e todas as formas de violência. “Entrarei com requerimento solicitando explicações da empresa que administra o aeroporto. Se o busto de Castelo Branco foi decidido nesta Casa que não deveria  ser retirado, a placa também é uma forma de lembrar a história. A política legítima de todos tem liberdade de expressão. Não faz parte da política atitudes que sejam contrárias aos direitos humanos. O terrorismo é uma forma covarde de se tentar a prevalência de interesses e devemos repudiar atitudes que recorrem ao terror”.  O vereador destacou, ainda, a necessidade de se manter a história recente do país através de seus monumentos para que as novas gerações possam refletir e conhecer os fatos.  

Operação da PF na Prefeitrua - Outro tema levantado por André Régis foi a operação da Polícia Federal (PF) na Prefeitura  do Recife sobre as compras realizadas para a área de saúde no combate ao novo coronavírus. “A Prefeitura precisa dar explicações sobre todas as operações da PF nos últimos dias. O prefeito tentou explicar, mas a opinião pública tem a ciência de que erros graves ocorreram e que os responsáveis deverão ser processados. O Ministério Público poderá denunciar e o juiz poderá acatar ou não. Confio na Polícia Federal, na competência do Ministério Público Federal e na seriedade da Justiça Federal de Pernambuco que tem se pautado na defesa e regularidade do sistema legal do ordenamento jurídico. Se as instituições entenderam que os fatos são tão graves, deveria haver afastamento.  Não me sinto satisfeito com o prefeito, nem com as explicações do vereador Rinaldo Junior . Não se tem certeza da conferência da entrega dos materiais e o vereador não deveria ser taxativo. Os atos deveriam ser investigados”.

Em resposta, o vereador Rinaldo Junior  (PSB) disse que teve o cuidado de exibir os números da gestão e explicou o afastamento de um servidor municipal. “Os números obtidos foram os mesmos enviados à PF. O diretor financeiro da Secretaria de Saúde foi afastado porque ele alterou a fonte pagadora e a PF achou que era para tentar burlar a investigação. Ele modificou para que 50% do valor ficasse no Fundo Municipal, e os outros 50% nos órgãos federais. Se ele quisesse burlar a PF, colocaria 100% e essa alteração é permitida por lei. Ou seja, nada foi executado fora da regularidade”.

 

Em 27.7.20 às 13h36.