Goretti Queiroz lembra caso Mayara

O caso da jovem Mayara Estefanny Araújo, morta no Recife no ano passado após ser queimada com ácido sulfúrico por seu ex-companheiro, foi tema de um discurso da vereadora Goretti Queiroz (PSB) nesta segunda-feira (27). Durante a reunião ordinária remota da Câmara Municipal, a parlamentar frisou que o feminicídio e a violência contra mulheres ainda acontece em larga escala no país. “Ontem fez um ano da morte da jovem Mayara e a violência doméstica continua ocorrendo em grande parte dos lares. As mulheres continuam sendo agredidas física e psicologicamente”.

Goretti Queiroz lembrou que uma lei de sua busca coibir que casos como o de Mayara se multipliquem no Recife. “Em setembro do ano passado, o prefeito Geraldo Julio sancionou a lei nº 18.627/2019, de nossa autoria. Denominada de lei Mayara, ela estabelece o controle da comercialização de ácidos a pessoas físicas e jurídicas. Desde a sanção, podemos comemorar que nenhum caso de ataque com ácidos aconteceu na capital pernambucana”.

A vereadora informou que o ex-companheiro da jovem, Willem César Júnior, deve ir a audiência no dia 4 de agosto. Pedindo justiça, Goretti Queiroz citou dados sobre o quadro de violência contra a mulher no Brasil – que piorou com o isolamento decorrente da pandemia de covid-19. “O índice de feminicídio alcançou 22,2% após o início do isolamento social do Brasil. Já a chamada para o número 180 [que recebe denúncias de violência contra a mulher] teve um aumento de 34% em comparação ao mesmo período do ano passado”.

Em 27.07.2020, às 13h02