Almir Fernando propõe política de tarifa zero para o transporte coletivo urbano

Acessibilidade universal, desenvolvimento sustentável, desestímulo à utilização do transporte individual motorizado, prioridade para a estrutura do sistema de transporte público coletivo. Essas são algumas das diretrizes da Política de Tarifa Zero no serviço de transporte coletivo urbano de passageiros no Recife, proposta pelo vereador Almir Fernando (PCdoB) por meio do projeto de lei nº 217/2023. A matéria, apresentada em setembro do ano passado, se encontra em tramitação na Câmara Municipal.

Caso venha a ser aprovada e sancionada, a nova lei concederia a gratuidade no transporte a todos os cidadãos do Recife e àqueles que exerçam trabalho no município, todos mediante cadastro prévio. O texto entraria em vigor 180 dias após a sua publicação oficial.

Na justificativa que acompanha o projeto, Almir Fernando classifica a questão do transporte público coletivo urbano como “um dos grandes problemas sociais no Brasil”. “É inegavelmente uma das maiores adversidades de mobilidade nas cidades grandes e médias do país, com congestionamentos cada vez mais volumosos e um deslocamento ineficiente e excludente. Isso acontece graças à precariedade e à inadequação das frotas de ônibus, que possuem quantidade reduzida, limitação das linhas, alta duração das viagens e um alto preço de tarifa, onerando em demasia a população”.

O parlamentar lembra, ainda, que o transporte é um direito que proporciona o acesso aos demais direitos dos cidadãos, o que torna fundamental a garantia ao seu acesso. “Os cidadãos ficam cerceados do seu direito ao transporte com qualidade e quantidade e, portanto, se veem prejudicados quanto a outros direitos sociais assegurados pela Constituição Federal e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. Os direitos à educação, à saúde, à cultura, ao lazer etc. encontram-se restringidos por estarem mediados por uma tarifa”, afirma. “Além disso, o acesso aos equipamentos e serviços públicos fica restrito, já que esses estão concentrados, de modo geral, no centro das metrópoles, ao passo que a maioria da população vive na periferia e está condicionada ao uso de um transporte coletivo pelo qual nem todos podem pagar”.

Em 25.01.2024