Aline Mariano cobra instalação de comissão especial para discutir a saúde mental

A matéria publicada na edição de hoje, do jornal, foca nas mães-solo, que são cobradas a terem muitas funções como cuidar da casa, dos filhos, e trabalharem fora. E por isso, terminam adoecendo. “As mães-solo são mulheres sobrecarregadas, cobradas pela sociedade, estimuladas a terem funções duplas. E mesmo existindo leis favoráveis, elas recebem salários injustos”, afirmou Aline Mariano. Ela sugeriu que, na próxima semana, a Câmara Municipal do Recife autorize a formalização de uma comissão com o objetivo de discutir a saúde mental. “Vamos ver quais os vereadores interessados nesse tema para fazermos coro, junto aos parlamentares do Congresso Nacional, que também estão empenhados nesse tema”.

Aline Mariano lembrou que a vereadora Ana Lúcia (Republicanos) também pediu, anteriormente, a formação de uma frente parlamentar que possa funcionar na Câmara do Recife em defesa da saúde mental. “Temos, portanto, duas proposições importantes e por estes dias esperamos formalizar a comissão, para nos juntarmos a deputados federais e senadores na luta sobre algo que é urgente. Muitos vereadores desta Casa também militam nesta causa e têm interesse de participar e reforçar as políticas públicas de saúde mental”, afirmou. A vereadora reforçou que é preciso ampliar a assistência à saúde mental nas redes públicas municipais, do Recife, nas áreas de saúde, educação e redes complementares, com um propósito de mostrar que “terapia não pode ser encarada como luxo, mas fazer parte da vida de todos".

Edifício Holiday – Ainda nesta terça-feira, a Câmara do Recife aprovou o requerimento nº 13.284/2023, que solicita a instalação de uma Comissão de Representação Suprapartidária para o acompanhamento das decisões relacionadas ao Edifício Holiday. Localizado no bairro de Boa Viagem, o imóvel, que servia de moradia para mais de 3 mil pessoas, foi desocupado em 2019 sob a justificativa de existência de riscos estruturais no local.

Autora do pedido, Aline Mariano retornou à tribuna para discuti-lo. Ao plenário, ela lembrou que o objetivo do grupo, que será composto por sete membros da Casa, é retomar os trabalhos de uma Comissão anterior, já encerrada – as comissões especiais da Câmara contam com um prazo de 180 dias para realizar os seus trabalhos.

Outro ponto salientado pela vereadora foram as dúvidas e alegações de falta de transparência relacionadas ao processo judicial que determinou, em novembro do ano passado, que o edifício fosse a leilão. De acordo com Mariano, os posicionamentos da Justiça de Pernambuco contrastam com soluções indicadas pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE).

“O que nós sabemos, através da imprensa, é que já entrou em leilão. Como assim? E como ficam aqueles moradores? Isso é algo que precisa ser questionado. A primeira coisa que nós vamos fazer é pedir uma audiência com o juiz que deu o despacho. Nós queremos entender como se deu o processo”, disse. “Por que ficou tanto tempo parado? Foi só o CREA nos procurar e usarmos aqui a tribuna, falarmos que iríamos chamar os Poderes para nos reunir e entendermos como estava se dando o processo, e esse despacho foi acelerado. É estranho, ou a coincidência é muito grande. Mas o fato é que não vamos nos calar. Nós vamos lutar até o fim por aquelas pessoas que não têm onde morar”.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife sobre proposta de comissão para discutir saúde mental.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife sobre acompanhamento do Edifício Holiday.

Em 20.02.2024.