Anna Priscylla Lima Prado é cidadã recifense

O vereador Alcides Teixeira Neto celebrou o momento da solenidade na Casa de José Mariano e detalhou a vida profissional de Anna Priscylla Lima Prado. “Nascida em Serra Talhada (PE), Anna Priscylla Lima Prado estudou no interior até o 1º ano do ensino médio e, no ano 2000, veio estudar na capital pernambucana para finalizar o ensino médio e prestar vestibular para o curso de Direito. Em 2002, a homenageada ingressou na Faculdade Integrada do Recife (FIR) e, durante o período acadêmico, dedicou-se bastante, abraçando todas as oportunidades que a Faculdade tinha para oferecer, como monitoria, pesquisa e extensão, além de movimentos estudantis”.

O parlamentar destacou que no ano de 2013 Anna Prado concluiu o Mestrado, por meio do Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e que, no mesmo ano, foi contratada pela Uninassau para integrar o corpo docente. Alcides Teixeira Neto também enalteceu o projeto realizado pela homenageada, chamado “Xô Preconceito”. “Anna faz parte até o momento do corpo docente da Uninassau, ministrando as disciplinas de Direito Constitucional e Direito Tributário. Na Uninassau, Anna Prado criou o primeiro Projeto de pesquisa e extensão acadêmica do curso de Direito, chamado “Xô Preconceito”, que tinha como objetivo levar conhecimento sobre questões relacionadas ao preconceito religioso, racial, de orientação sexual, estético e de identidade de gênero. Parabéns, Anna. Receber o Título de Cidadã é para quem faz o bem à cidade. Que orgulho os seus pais têm hoje e é com muito carinho que recebemos você na Casa de José Mariano”.

Ao ocupar a tribuna da Câmara, a homenageada Anna Priscylla Lima Prado exaltou a educação recebida pela sua família que veio do interior para prestigiar a cerimônia. Ela fez questão de destacar que sentia muito orgulho por ser sertaneja e, agora, recifense. “Cheguei com 14 anos de idade e tive que construir minha própria história na cidade. Estou diante de muitas mulheres fortes da minha família e elas sempre disseram que a gente poderia ocupar todos os lugares que quisermos. Se hoje eu ocupo esse lugar nessa tribuna, é porque a mim foi dito, quando criança, que o lugar da mulher é onde ela quiser. Se a gente teve uma sociedade cunhada numa estrutura patriarcalista em que dizia que o espaço do homem era na vida pública, e o da mulher o doméstico, eu tive um processo educacional distinto. Minha avó dizia que nós iríamos mudar a partir da educação, que era possível transformar os espaços e a mulher ocupar o que quiser”.

A mais nova recifense ressaltou o poder da educação e do desafio da sociedade de se comportar de maneira não discriminatória. “Acredito que a educação pede transformação social. O lugar que eu for ocupar, eu vou ocupar com minhas lutas para que tenhamos, nesse país, uma sociedade antirracista, anti LGBTfóbica, que não discrimine mulheres pelo gênero. Uma sociedade que eu reconheça que os marcadores de raça, classe e gênero ainda são os marcadores que fazem com que os nossos corpos tenham um processo de violência distinto. Porque ser mulher no Brasil é viver todos os dias com medo. O que eu o posso fazer para transformar é ocupar os lugares para dizer a homens e mulheres que esse espaço pertence a todos nós. Como dizia Paulo Freire: Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”.

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Em 29.02.2024