Elaine Cristina pede que Prefeitura reveja proporção de alunos para cada AADEE
As proporções, que chegam a oito alunos por AADEE, foram instituídas pelo decreto municipal nº 36.309/2023, que institui a Política Pública de Educação Especial Inclusiva para os estudantes da rede. O número de oito alunos por AADEE se refere ao auxílio a estudantes categorizados como de “grau leve”.
Mãe de uma criança com patologia rara, Elaine Cristina criticou a quantidade excessiva de alunos por agente e disse que o número dificultava uma inclusão real dos estudantes. “A gente sabe que, quando a gente tem uma patologia rara, e que também tem direito de ir a escola, a escola precisa estar preparada para isso. A gente tem direito ao AADEE, mas eles também precisam ser capacitados para isso”, disse a vereadora, afirmando ser possível melhorar esse quadro a partir da incorporação de mais profissionais na rede. “Sabemos que tem muitos AADEEs concursados, só precisam ser chamados”.
No mesmo discurso, a parlamentar também fez um apelo para que o Governo do Estado amplie os atendimentos no Centro de Referência em Doenças Raras (Rarus), inaugurada em 2018. “Acho que é muito importante a gente poder ampliar esse centro para que as famílias atípicas, que tenham suas crianças com patologias raras, possam ter esse acesso”.
Adequação de moradias populares no Bode – A necessidade de ouvir os beneficiários de políticas habitacionais a respeito dos seus modos de vida foi outro tema abordado por Elaine Cristina na reunião plenária desta segunda-feira. Na ocasião ela discutiu o requerimento nº 949/2024, de sua autoria, que pede à Prefeitura que dialogue com os moradores da comunidade do Bode a respeito do planejamento dos habitacionais onde residirão, a fim de que sejam adaptados à realidade da pesca.
Segundo a vereadora, as atividades pesqueiras e marisqueiras fazem parte do cotidiano e do conhecimento tradicional da comunidade. Por isso, os novos habitacionais deveriam levar em conta esse contexto, incluindo em suas estruturas locais para tratamento de mariscos e guarda de embarcações, por exemplo. “Estive na comunidade no final do ano passado, para uma reunião pública, e as/os moradoras/es me trouxeram diversas questões. Entre elas, a que mais se destacou, foi a falta de diálogo da gestão com os moradores na hora de elaborar os habitacionais”, disse. “O Encanta Moça I e II, apesar da boa estrutura, ignorou por completo a necessidade das pescadoras e dos pescadores que ali irão residir. Vejam, como um trabalhador responsável pelo sustento de sua família, tendo como atividade profissional a pesca, vai morar em um complexo habitacional que ignora por completo sua demandas?”.
Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife.
Em 26.02.2024